sábado, 21 de junho de 2008
Festa Junina na Escola Municipal Especial Prof. Elyseu Paglioli
Ciclo de Debates do Fórum pela Inclusão escolar
Dia: 30/06 (quarta-feira)
Hora: 19h às 22h
Local: Câmara de Vereadores de Porto Alegre
FÓRUM SOBRE A INCLUSÃO - Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre
Artigo publicado na página Ensino do jornal Correio do Povo.
O desafio de incluir os alunos com necessidades educativas especiais de verdade na escola está colocado para quem defende o direito de todos à educação.
Porto Alegre tem dado passos importantes neste sentido, mas ainda de forma fragmentada: cada rede de ensino à sua maneira, cada escola com sua proposta pedagógica; cada família com sua luta para romper barreiras, conquistar uma vaga realmente adequada ao seu filho, onde acolhimento e aprendizagem aconteçam.
Com as diretrizes colocadas pelo Governo Federal, no sentido da inclusão de todos nas escolas comuns, um movimento de diálogo de cidade inicia. Primeiro, defensivamente: manter as Escolas Especiais, espaço conquistado com luta e, muitas vezes, única política pública que chega às nossas crianças, adolescentes e jovens com necessidades educativas especiais.
E agora, mais consistente e articulado: a constituição de um Fórum pela Inclusão Escolar que mobilize todos os que mantém, atuam e são atendidos pela educação especial. Por um lado, para publicizar e colocar em debate cada experiência, sua fundamentação teórica, avanços e limites; por outro lado, rever conceitos, práticas, propostas pedagógicas - a partir da pesquisa e reflexão da universidade - para construir alternativas que representem avanços na inclusão.
Um ciclo de debates já é iniciativa do Fórum: cinco encontros mensais, de junho a novembro, que colocará na mesa o debate teórico e a experiência dos movimentos de inclusão tanto na escolas especiais quanto nas comuns. Terá registro, que se transformará em texto para devolução à cidade.
Queremos ainda, que este caminho resulte num primeiro diagnóstico, quantitativo sim, mas principalmente qualitativo da oferta e demanda constituídas em Porto Alegre e com isto gerar, reavaliar, ampliar políticas públicas de inclusão escolar.
O propósito é ousado! Por isto, estão todos convidados e muitos destes já envolvidos: conselhos de direitos, de educação, o legislativo municipal, as escolas públicas, privadas, especiais e comuns, pais, professores e funcionários, representantes das Salas de Integração e Recursos, secretaria municipal e estadual de educação e de acessibilidade, entidades de classe representativas dos segmentos e especialmente os próprios alunos, cuja voz, necessidades, escolhas, só serão de fato respeitadas se forem eles também protagonistas.
Como afirma Eri Domingos, professor da Sala de Recursos Visuais: “não quero que façam para mim, quero que façam comigo”. E isto o Fórum quer honrar!
Sofia Cavedon – Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Pesquisadoras do Cepre apresentam técnica para tornar a arte pictórica acessível ao aluno com deficiência visual
"A idéia inicial que eu acalentava era produzir um livro com ilustrações táteis para os deficientes visuais. Nas conversas com a professora Lucia, veio a proposta de selecionar algumas pinturas importantes da arte brasileira e trabalhá-las em relevo ou em algum suporte tátil, a fim de que eles pudessem ter contato com obras pictóricas. Não se trata de uma tradução - o que seria impossível - e nem de uma adaptação, mas de uma mediação", esclarece Laura Chagas. Como o objetivo é possibilitar este contato desde a infância, a autora optou por utilizar materiais baratos e técnicas simples, reprodutíveis e acessíveis aos professores da escola fundamental.
Boa escola para todos, por Mariza Abreu*
Fonte: Zero Hora - 4 de junho - N° 15622Alerta
VALENTINA
Plantão Publicada em 13/06/2008 às 08h34mJussara Soares, Diário de S.Paulo
SÃO PAULO - Nascida há dois meses e três semanas, o bebê Valentina foi finalmente registrado nesta quinta-feira no cartório da cidade de Socorro, a 135 quilômetros da capital. Filha de Maria Gabriela Andrade Damate, de 27 anos, portadora de síndrome de Down, e de Fábio Marcheti de Moraes, de 28 anos, que possui um atraso mental, ela teve a certidão de nascimento negada porque o pai não conseguia declarar a paternidade. Neste caso, ela deveria ser registrada apenas no nome de Maria Gabriela - o que não foi aceito pela família dela.
A emissão da certidão de nascimento foi determinada, na terça-feira, pela juíza Érica Brandão, da 2 Vara Cível do município. Diante da juíza e do promotor Elias Francisco Chaib, mesmo com dificuldade, Fábio conseguiu declarar que era o pai de Valentina e namorado de Gabriela. E fez questão de enfatizar sua participação para a concepção da filha.
- Perguntaram se ele mantinha relação sexual com Maria Gabriela, e o Fábio disse que era todo dia - diverte-se a avó materna, Laurinda Ferreira de Andrade, de 51 anos, que procurou o Ministério Público para que a neta tivesse nome de pai e mãe no registro.
Com a certidão da filha em mãos, Fábio era só felicidade.
- Agora eu sou pai. Até ontem eu não era - disse Fábio, com a filha no colo.
Como ele não sabe escrever, coube à Gabriela assinar o registro de nascimento.
- Estou muito feliz - disse a mãe que, embora já more com Fábio, ainda não desistiu da idéia de se casar, "de papel passado" em cartório e na Igreja.
Para a avó Laurinda, que é quem cuida de fato da pequena e saudável Valentina, ela e Gabriela estão em papéis trocados.
- Eu fico com a educação, e a Gabriela com o papel de paparicar, que em geral é a função de vó - observa Laurinda, elogiando o desempenho da filha como mãe.
- Gabriela é muito delicada. Já troca fralda e me ajuda no banho. Vou fazer questão que ela leve a filha à escola, como toda mãe - disse.
O desejo agora é que Valentina - que significa coragem e de saúde perfeita - não tenha que enfrentar outro preconceito por causa da deficiência dos pais.
- Espero que nunca mais ela passe por uma situação assim. Vou educar a Valentina para que ela tenha orgulho dos pais - disse.
Tanto esforço para ter os sobrenomes dos pais na certidão rendeu um nome tão comprido como o de uma princesa: Valentina Andrade Demate e Marcheti Moraes. Namoro começou na Apae
O registro de nascimento de Valentina celebra uma história de amor que começou quando Maria Gabriela e Fábio ainda eram crianças. Eles se conheceram na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), de Socorro.
Há três anos, quando Fábio voltou para estudar na Apae, o casal iniciou o namoro e, logo, com o apoio das famílias, foram morar juntos. A gravidez de Gabriela só foi descoberta no sexto mês de gestação, quando Fábio confidenciou a um amigo que à noite eles ficavam vendo a barriga dela mexer.
- Isso foi um choque. Não esperava que ela pudesse engravidar, nem dos riscos para a criança e a mãe -disse a avó Laurinda.
Valentina está entre os 50 bebês registrados no mundo filhos de mãe com síndrome de Down. As mulheres portadoras desta deficiência podem engravidar, e tem 85% de chances de gerar uma criança sem a mesma herança genética - como ocorreu com Maria Gabriela. Já os homens com a down são estéreis.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Bonecas da Turma da Clarinha
A Walbert, expositora da Abrin, está produzindo a primeira boneca com características de Síndrome de Down para crianças. A “Turma da Clarinha”, baseada na personagem da novela Páginas da Vida, da Rede Globo, deve chegar às lojas ainda neste mês.“A idéia é promover a inclusão social, fazer com que todas as crianças possam crescer em contato com a diversidade humana, de maneira lúdica”, diz Audrey Bosio, que junto com a amiga Andréa Barbi criou o projeto há cerca de um ano e meio. Ambas tem filhas com Síndrome de Down e buscavam para elas bonecas com as quais pudessem se identificar.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Curso Educar na Diversidade
EDUCAÇÃO
Smed promove quarta edição do curso Educar na Diversidade.
As modalidades de aprendizagem na educação especial são o tema do quarto encontro da edição 2008 do curso Educar na Diversidade, hoje, 18, das 18h30 às 21h30, no auditório da Smed (Rua dos Andradas, 680 - 6º andar). O curso é promovido pelo Território de Aprendizagem da Educação Especial (Taee) da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Participam da formação cerca de 45 professores de sete escolas municipais de ensino fundamental e três de educação infantil. Inserido no programa Educação inclusiva: direito à diversidade, do Ministério da Educação, o curso neste ano terá cinco encontros presenciais e cinco atividades à distância. “O objetivo é qualificar o trabalho dos professores que recebem alunos com necessidades educacionais especiais, no que diz respeito às suas práticas e intervenções pedagógicas”, explica o coordenador do Taee, Adilso Luís Corlassoli.
Realizado pela Smed desde 2005, o Educar na Diversidade aborda temas como a legislação da educação inclusiva, os diferentes tipos de necessidades educacionais especiais e as práticas pedagógicas na educação especial. No próximo e último encontro, dia 9 de julho, serão trabalhadas modalidades de aprendizagem e jogos pedagógicos.
A formação integra as Conversações Pedagógicas, uma ação do Lugar de Criança é na Família e na Escola, um dos 21 programas do modelo de gestão da prefeitura.
Fonte: site da SMED de Porto Alegre
terça-feira, 17 de junho de 2008
A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL*
A era da informática aproximou o mundo e, é um marco na evolução das comunicações e da interatividade, portanto, é uma ferramenta útil e necessária na educação, inclusive na educação especial. É uma ferramenta que viabiliza o acesso ao mundo global, letrado e sonoro. Um simples teclado adaptado permite a escrita de paralisados cerebrais que anteriormente tínhamos muita dificuldade de perceber seu nível de alfabetização. A tela sensível ao toque permite o uso da máquina beneficiando a interatividade de crianças com diferentes síndromes e o vasto mundo de possibilidades que programas educativos apontam favorecendo seu desenvolvimento. O viva-voz possibilita o entendimento de instruções de programas onde o usuário se torna protagonista de suas ações. O mouse adaptado dá oportunidade para pessoas com transtornos motores também se beneficiarem desta ferramenta. Muitos outros periféricos foram criados pensando exatamente em incluir o maior número de usuários, mesmo que com alguma deficiência.
A era da informática possibilita a informatização dos bancos e sistemas de dados da estrutura organizativa, facilita a pesquisa, possibilita a informação atualizada, mas tudo isso seria meramente um instrumento administrativo se não viesse junto, a grande evolução nos recursos facilitadores de uso, a criação de ambientes de trabalho com linguagens acessíveis, a diminuição do custo de aquisição do equipamento, aumentando o espectro de usuários e tornando imperativa a adesão, inclusive das escolas públicas, modernizando, atualizando e qualificando o processo ensino-aprendizagem.
Rejane Guariglia da Silva
*Artigo publicado no Caderno de Reabilitação/Maio 2008
domingo, 15 de junho de 2008
Inclusão digital: um direito de todos
Com as tecnologias digitais, estamos vivendo tempos de extremas e rápidas mudanças. Nunca o homem havia tido disponíveis ferramentas cognitivas tão poderosas. Cresce, em todos os países, o número de pessoas com necessidades especiais (PNEs) a reivindicar seu legítimo direito de acesso à informação/formação e a espaços acessíveis às tecnologias digitais. O reconhecimento da diversidade humana apontou para a necessidade de ambientes e ferramentas digitais condizentes a especificidades.As tecnologias digitais oferecem, com a criação de Ambientes Digitais de Aprendizagem (AVAs), uma das mais efetivas alternativas para desenvolvimento e inclusão digital e social de PNEs. Nesse contexto, nos últimos 20 anos, a equipe do Núcleo de Informática na Educação Especial da Faculdade de Educação da Ufrgs (Niee) vem desenvolvendo atividades em três áreas de atuação. Na pesquisa, há estudos científicos focalizando diferenciadas síndromes e deficiências, com a finalidade de construir conhecimento no uso das tecnologias digitais: com cegos, surdos, pessoas com deficiência mental e física, síndrome de Down, Transtorno do Déficit da Atenção/Hiperatividade (TDAH), crianças e jovens com graves enfermidades, meninos de rua, ex-presidiários, entre outros.Os resultados desses estudos, socializados em quase uma centena de publicações científicas e em mais de 120 apresentações em congressos nacionais e internacionais, mostram aspectos positivos relacionados ao desenvolvimento cognitivo e socioafetivo desses usuários, propiciados por ferramentas e espaços digitais/virtuais.Nos últimos cinco anos, a equipe do Niee foi contemplada com dois prêmios de melhores trabalhos expostos em eventos europeus e mais dois em eventos nacionais. Na área de desenvolvimento de software, a equipe obteve, por duas vezes, primeiro lugar em concursos nacionais promovidos pelo MEC. Um dos produtos desenvolvidos pelo Niee resultou no ingresso de um jovem com PC que realizou e foi aprovado no vestibular da Ufrgs (1994) utilizando o computador com um Simulador de Teclado, sistema também utilizado em sua formação. Destaca-se o atual projeto, financiado pelo CNPq, que se constitui em um AVA Inclusivo para criação de Comunidades Virtuais de Convivência, cujo foco são as ferramentas acessíveis a Web e Tecnologias Assitivas para PNEs. Dentre elas, o bate-papo falado (para cegos) e o Teclado Virtual (para escrita da Língua dos Sinais, voltado a surdos).Na área de formação de recursos humanos, o Niee-Ufrgs é espaço de preparação de pesquisadores (doutorado e mestrado), desenvolvimento de cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização (presenciais e à distância-EAD). Na formação docente em EAD, destaca-se o curso apoiado pela Secretaria de Educação Especial do MEC com a finalidade de utilizar as tecnologias digitais visando ao desenvolvimento e à inclusão de PNEs. E, atualmente, estamos na 6ª edição do curso e já formamos mais de 3 mil professores, em todo o país.Assim, propiciar acesso a ambientes digitais permitirá ouvir e dar voz à diversidade humana – ação prioritária para a construção de uma sociedade inclusiva. Conseguir que os benefícios desses ambientes estejam disponíveis a todos significa, no contexto da sociedade atual, um imperativo social e ético. Busca-se, desta forma, avançar na construção de uma sociedade onde cada indivíduo, independentemente das suas necessidades especiais, tenha as mesmas oportunidades de crescimento e vivência que os demais cidadãos.
Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 3 DE MAIO DE 2008
Foto: Anelise Barra Ferreira
Transporte escolar em foco - escolas especiais
O Ministério Público do RS pediu informações à Secretaria Estadual de Educação (SEC) sobre a disponibilidade de transporte escolar especial e gratuito a alunos de sete escolas de Educação Especial de Porto Alegre. A promotora Christiane Pilla Caminha instaurou inquérito em maio de 2007, a partir de representação da Sociedade Beneficente Recreativa Esportiva Tchê Amigo Esperança. 'A reivindicação é no sentido de oferecer transporte adequado às necessidades dos portadores de deficiência', afirmou.Christianne já buscou informações com a Faders e a SEC. 'A primeira alegou não ter recursos; e a segunda afirmou ter convênio com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), a ATP e a EPTC para efetuar o serviço gratuito na rede de transporte coletivo.' A promotora, no entanto, pediu mais esclarecimentos à SEC, já que o atual transporte coletivo que é realizado na Capital não supre a necessidade dos alunos das escolas Tristão Sucupira (com 175 escolares), Lucena Borges (89), Lígia Morrone Averbuck (170), Professor Eliseu Paglioli (156), Cristo Redentor (196), Renascença (200) e Recanto da Alegria (100 alunos).A SEC argumentou ter responsabilidade com o transporte escolar de alunos da zona rural. Mas, ainda assim, a secretaria afirmou que tem parceria para oferecer transporte gratuito a estudantes com necessidades especiais. A coordenadora do Setor de Educação Especial da Smed, Viviane Loss, disse que o convênio 'Vou à Escola 2007' fornece vale-transporte para alunos, principalmente da rede estadual, que não conseguiram matrícula em escolas próximas às residências. 'São 4 mil alunos com deficiência matriculados nas 93 escolas da rede municipal e não só nas quatro escolas especiais da prefeitura.' Além dessas, há ainda três escolas especiais do Estado e uma da Faders. Viviane salientou que uma parceria entre Smed e EPTC estipulou horários de entrada e saída, para que os ônibus acessíveis circulem para atender os alunos, principalmente cadeirantes.
Por meio de parceria, o 'Vou à Escola' fornece vale a alunos com deficiência na Capital.
Foto: Anelise Barra Ferreira
Cooperação entre Faders e FACED/Ufrgs
Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, segunda-feira, 12 de maio de 2008.
Política Educacional Inclusiva
Programa incentiva acesso à escola - Iniciativa identificará pontos que afastam crianças e jovens com deficiência da sala de aula
FONTE: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2008.
INCLUSÃO: Porto Alegre é demais
Foto: Anelise Barra Ferreira