sábado, 21 de junho de 2008

Festa Junina na Escola Municipal Especial Prof. Elyseu Paglioli



A Escola "Elyseu Paglioli" realizou no dia 19, quinta-feira, uma festa junina com direito a fogueira para aquecer a fria noite de lua cheia. A comunidade escolar participou em peso.

Uma barraca de venda de fotos lembrava os tempos do interior, quando as famílias reuniam-se para em frente a um cenário registrar suas memórias.

Ane



Ciclo de Debates do Fórum pela Inclusão escolar

Primeiro encontro:

Dia: 30/06 (quarta-feira)
Hora: 19h às 22h
Local: Câmara de Vereadores de Porto Alegre

FÓRUM SOBRE A INCLUSÃO - Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Notícias sobre o Forum pela Inclusão escolar:
- As reuniões do Fórum pela Inclusão escolar serão na 2ª sexta-feira de cada mês, às 9h e estão abertas a quem quiser participar. Por enquanto, acontecerão na sede da APAE na Rua Uruguai, 300 - 14º andar.
- Na próxima quarta-feira, dia 25/06, às 14h30min, acontecerá uma Reunião com os representantes dos pais nos Conselhos Escolares das 4 escolas especiais do Município de Porto Alegre, com a coordenação do Forum e o Sr. Brasil, pai de um aluno da Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Prof. Lygia Morrone Averbuck, que está participando ativamente, com a intenção de que os representantes dos Pais possam repassar aos pais das suas escolas a necessidade de envolvimento.
Após acontecerá uma Reunião aberta a todos os Pais com a participação da profª Zélia Farenzena, como formação a estes, no mês de agosto.
PARTICIPEM!!!!!!
Porto Alegre pode mais
Artigo publicado na página Ensino do jornal Correio do Povo.


O desafio de incluir os alunos com necessidades educativas especiais de verdade na escola está colocado para quem defende o direito de todos à educação.

Porto Alegre tem dado passos importantes neste sentido, mas ainda de forma fragmentada: cada rede de ensino à sua maneira, cada escola com sua proposta pedagógica; cada família com sua luta para romper barreiras, conquistar uma vaga realmente adequada ao seu filho, onde acolhimento e aprendizagem aconteçam.

Com as diretrizes colocadas pelo Governo Federal, no sentido da inclusão de todos nas escolas comuns, um movimento de diálogo de cidade inicia. Primeiro, defensivamente: manter as Escolas Especiais, espaço conquistado com luta e, muitas vezes, única política pública que chega às nossas crianças, adolescentes e jovens com necessidades educativas especiais.

E agora, mais consistente e articulado: a constituição de um Fórum pela Inclusão Escolar que mobilize todos os que mantém, atuam e são atendidos pela educação especial. Por um lado, para publicizar e colocar em debate cada experiência, sua fundamentação teórica, avanços e limites; por outro lado, rever conceitos, práticas, propostas pedagógicas - a partir da pesquisa e reflexão da universidade - para construir alternativas que representem avanços na inclusão.

Um ciclo de debates já é iniciativa do Fórum: cinco encontros mensais, de junho a novembro, que colocará na mesa o debate teórico e a experiência dos movimentos de inclusão tanto na escolas especiais quanto nas comuns. Terá registro, que se transformará em texto para devolução à cidade.

Queremos ainda, que este caminho resulte num primeiro diagnóstico, quantitativo sim, mas principalmente qualitativo da oferta e demanda constituídas em Porto Alegre e com isto gerar, reavaliar, ampliar políticas públicas de inclusão escolar.

O propósito é ousado! Por isto, estão todos convidados e muitos destes já envolvidos: conselhos de direitos, de educação, o legislativo municipal, as escolas públicas, privadas, especiais e comuns, pais, professores e funcionários, representantes das Salas de Integração e Recursos, secretaria municipal e estadual de educação e de acessibilidade, entidades de classe representativas dos segmentos e especialmente os próprios alunos, cuja voz, necessidades, escolhas, só serão de fato respeitadas se forem eles também protagonistas.

Como afirma Eri Domingos, professor da Sala de Recursos Visuais: “não quero que façam para mim, quero que façam comigo”. E isto o Fórum quer honrar!

Sofia Cavedon – Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Pesquisadoras do Cepre apresentam técnica para tornar a arte pictórica acessível ao aluno com deficiência visual













É uma tendência cada vez mais acentuada também no Brasil, particularmente em museus de São Paulo e do Rio de Janeiro. Esta acessibilidade, no entanto, pode ser assegurada já a partir da escola fundamental, por iniciativa dos professores de artes, mesmo que de forma simplificada. É esta a proposta da artista plástica Laura Chagas, em trabalho de iniciação cientifica que realizou no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação Prof. Dr. Gabriel Porto (Cepre) da Faculdade de Ciências Médicas. A artista contou com a orientação de Lucia Reily, pesquisadora e arte-educadora do Cepre e professora de fonoaudiologia e do programa de pós-graduação do Instituto de Artes.
"A idéia inicial que eu acalentava era produzir um livro com ilustrações táteis para os deficientes visuais. Nas conversas com a professora Lucia, veio a proposta de selecionar algumas pinturas importantes da arte brasileira e trabalhá-las em relevo ou em algum suporte tátil, a fim de que eles pudessem ter contato com obras pictóricas. Não se trata de uma tradução - o que seria impossível - e nem de uma adaptação, mas de uma mediação", esclarece Laura Chagas. Como o objetivo é possibilitar este contato desde a infância, a autora optou por utilizar materiais baratos e técnicas simples, reprodutíveis e acessíveis aos professores da escola fundamental.
Fotos: Orientadora Profa. Lucia Reily e a Artista Plástica Laura Chagas
Fonte: Unicamp - Sala de Imprensa 13/12/2006

Boa escola para todos, por Mariza Abreu*

Hoje, o governo do Estado apresenta à sociedade gaúcha o programa estruturante Boa Escola para Todos, de responsabilidade da Secretaria de Educação.Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul, que já teve a melhor educação pública do país, perdeu posição no contexto nacional. Em 2005, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do MEC indica que nossa rede estadual ficou em sexto lugar na 1ª a 4ª série, quarto lugar na 5ª a 8ª série e segundo lugar no Ensino Médio. Para reverter essa tendência, o Boa Escola para Todos vem para melhorar a qualidade da educação básica, com redução da repetência e evasão escolar e aumento dos níveis de aprendizagem, e expandir e qualificar a educação profissional.Identificado com o movimento nacional Compromisso Todos pela Educação e a Agenda 2020, o Boa Escola para Todos será desenvolvido até o final de 2010 por meio de cinco projetos estruturantes.
O Sistema de Avaliação Educacional do Rio Grande do Sul (Saers) tem duas ações já em andamento: a avaliação externa do rendimento escolar dos alunos nos ensinos Fundamental e Médio e o projeto piloto para Alfabetização de Crianças com Seis e Sete Anos, para construir a matriz de habilidades e competências cognitivas em alfabetização e matemática para o 1º e 2º anos do Ensino Fundamental de nove anos. Os resultados dessas ações devem reorientar a formação continuada dos professores, permitir a divulgação das boas práticas de escolas com melhores resultados e a identificação de escolas com resultados insuficientes para receber apoio do governo, e desenvolver uma cultura de avaliação na educação gaúcha.
O projeto Professor Nota 10 - Valorização do Magistério prevê ações, várias em execução, de formação continuada dos professores, vinculada ao trabalho em sala de aula e aumento dos níveis de aprendizagem, e implantação de uma nova legislação para o sistema educacional gaúcho, para aperfeiçoar o concurso público e os procedimentos de contratação temporária, de forma a agilizar o provimento de pessoal das escolas e a melhorar a qualidade dos professores admitidos; articular a progressão na carreira do magistério com a melhoria da qualidade do ensino, de acordo com leis e normas federais; e fortalecer a autonomia da escola de forma articulada com a prestação de contas dos resultados educacionais.
O projeto Escola Legal visa à manutenção e ampliação de espaços escolares para assegurar às escolas estaduais as condições físicas necessárias ao desenvolvimento de suas atividades com boa qualidade, garantir acessibilidade aos portadores de necessidades especiais e adequar a estrutura física das escolas estaduais à lei de prevenção de incêndio. Várias obras escolares já foram realizadas ou estão em andamento desde 2007.
* Secretaria de Educação RS
Fonte: Zero Hora - 4 de junho - N° 15622Alerta

VALENTINA

Após 2 meses, bebê de mãe com síndrome de Down e pai com atraso mental é registrado
Plantão Publicada em 13/06/2008 às 08h34mJussara Soares, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Nascida há dois meses e três semanas, o bebê Valentina foi finalmente registrado nesta quinta-feira no cartório da cidade de Socorro, a 135 quilômetros da capital. Filha de Maria Gabriela Andrade Damate, de 27 anos, portadora de síndrome de Down, e de Fábio Marcheti de Moraes, de 28 anos, que possui um atraso mental, ela teve a certidão de nascimento negada porque o pai não conseguia declarar a paternidade. Neste caso, ela deveria ser registrada apenas no nome de Maria Gabriela - o que não foi aceito pela família dela.
A emissão da certidão de nascimento foi determinada, na terça-feira, pela juíza Érica Brandão, da 2 Vara Cível do município. Diante da juíza e do promotor Elias Francisco Chaib, mesmo com dificuldade, Fábio conseguiu declarar que era o pai de Valentina e namorado de Gabriela. E fez questão de enfatizar sua participação para a concepção da filha.
- Perguntaram se ele mantinha relação sexual com Maria Gabriela, e o Fábio disse que era todo dia - diverte-se a avó materna, Laurinda Ferreira de Andrade, de 51 anos, que procurou o Ministério Público para que a neta tivesse nome de pai e mãe no registro.
Com a certidão da filha em mãos, Fábio era só felicidade.
- Agora eu sou pai. Até ontem eu não era - disse Fábio, com a filha no colo.
Como ele não sabe escrever, coube à Gabriela assinar o registro de nascimento.
- Estou muito feliz - disse a mãe que, embora já more com Fábio, ainda não desistiu da idéia de se casar, "de papel passado" em cartório e na Igreja.
Para a avó Laurinda, que é quem cuida de fato da pequena e saudável Valentina, ela e Gabriela estão em papéis trocados.
- Eu fico com a educação, e a Gabriela com o papel de paparicar, que em geral é a função de vó - observa Laurinda, elogiando o desempenho da filha como mãe.
- Gabriela é muito delicada. Já troca fralda e me ajuda no banho. Vou fazer questão que ela leve a filha à escola, como toda mãe - disse.
O desejo agora é que Valentina - que significa coragem e de saúde perfeita - não tenha que enfrentar outro preconceito por causa da deficiência dos pais.
- Espero que nunca mais ela passe por uma situação assim. Vou educar a Valentina para que ela tenha orgulho dos pais - disse.
Tanto esforço para ter os sobrenomes dos pais na certidão rendeu um nome tão comprido como o de uma princesa: Valentina Andrade Demate e Marcheti Moraes. Namoro começou na Apae
O registro de nascimento de Valentina celebra uma história de amor que começou quando Maria Gabriela e Fábio ainda eram crianças. Eles se conheceram na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), de Socorro.
Há três anos, quando Fábio voltou para estudar na Apae, o casal iniciou o namoro e, logo, com o apoio das famílias, foram morar juntos. A gravidez de Gabriela só foi descoberta no sexto mês de gestação, quando Fábio confidenciou a um amigo que à noite eles ficavam vendo a barriga dela mexer.
- Isso foi um choque. Não esperava que ela pudesse engravidar, nem dos riscos para a criança e a mãe -disse a avó Laurinda.
Valentina está entre os 50 bebês registrados no mundo filhos de mãe com síndrome de Down. As mulheres portadoras desta deficiência podem engravidar, e tem 85% de chances de gerar uma criança sem a mesma herança genética - como ocorreu com Maria Gabriela. Já os homens com a down são estéreis.


Fonte:http://oglobo.globo.com - 13/06/2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Bonecas da Turma da Clarinha

3/7/2007 - Walbert traz bonecas da Turma da Clarinha

A Walbert, expositora da Abrin, está produzindo a primeira boneca com características de Síndrome de Down para crianças. A “Turma da Clarinha”, baseada na personagem da novela Páginas da Vida, da Rede Globo, deve chegar às lojas ainda neste mês.“A idéia é promover a inclusão social, fazer com que todas as crianças possam crescer em contato com a diversidade humana, de maneira lúdica”, diz Audrey Bosio, que junto com a amiga Andréa Barbi criou o projeto há cerca de um ano e meio. Ambas tem filhas com Síndrome de Down e buscavam para elas bonecas com as quais pudessem se identificar.

“Durante um ano fizemos contato com mais de 20 fabricantes, ouvimos inúmeras negativas e comentários preconceituosos, até que no ano passado, a Walbert encampou o projeto e concordou em produzir um protótipo”, conta Andréa.Foram desenvolvidos bonecos de alta qualidade e de vários modelos. Além da própria Clarinha, baseada no personagem de Joana Mocarzel de mesmo nome, um casal de negros, um casal de loiros de olhos azuis e um casal de castanhos com olhos castanhos fazem parte da Turma. “A idéia é promover a inclusão no meio de todas as pessoas”, afirma Audrey. “A intenção ainda é ter uma segunda parte do projeto, que prevê o lançamento de novos personagens, com características diferenciadas”, finaliza.


A Rede Globo abriu mão de todos os direitos de royalties e a renda das vendas dos bonecos da Turma da Clarinha será revertida para o Grupo Síndrome de Down da Associação das Voluntárias do Hospital Infantil Darcy Vargas, em São Paulo.


A história Além da Walbert, Audrey e Andréa encontraram apoio do Instituto MetaSocial, ONG que realiza ações de inclusão social, entre elas a campanha Ser Diferente é Normal, tema da Escola de Samba carioca Império Serrano.



Bonecas "com sindrome de down"
















Esta boneca chama-se Baby Down e tem feições semelhantes às de uma criança com sindome de down. A cada boneca vendida no valor de 25 euros, a "Fundação Down" espanhola recebe 3 euros, esta defende que também os brinquedos devem ser um espelho de todas as pessoas.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Curso Educar na Diversidade

18/06/2008

EDUCAÇÃO
Smed promove quarta edição do curso Educar na Diversidade.
As modalidades de aprendizagem na educação especial são o tema do quarto encontro da edição 2008 do curso Educar na Diversidade, hoje, 18, das 18h30 às 21h30, no auditório da Smed (Rua dos Andradas, 680 - 6º andar). O curso é promovido pelo Território de Aprendizagem da Educação Especial (Taee) da Secretaria Municipal de Educação (Smed).

Participam da formação cerca de 45 professores de sete escolas municipais de ensino fundamental e três de educação infantil. Inserido no programa Educação inclusiva: direito à diversidade, do Ministério da Educação, o curso neste ano terá cinco encontros presenciais e cinco atividades à distância. “O objetivo é qualificar o trabalho dos professores que recebem alunos com necessidades educacionais especiais, no que diz respeito às suas práticas e intervenções pedagógicas”, explica o coordenador do Taee, Adilso Luís Corlassoli.

Realizado pela Smed desde 2005, o Educar na Diversidade aborda temas como a legislação da educação inclusiva, os diferentes tipos de necessidades educacionais especiais e as práticas pedagógicas na educação especial. No próximo e último encontro, dia 9 de julho, serão trabalhadas modalidades de aprendizagem e jogos pedagógicos.

A formação integra as Conversações Pedagógicas, uma ação do Lugar de Criança é na Família e na Escola, um dos 21 programas do modelo de gestão da prefeitura.

Fonte: site da SMED de Porto Alegre

terça-feira, 17 de junho de 2008

A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL*



A era da informática aproximou o mundo e, é um marco na evolução das comunicações e da interatividade, portanto, é uma ferramenta útil e necessária na educação, inclusive na educação especial. É uma ferramenta que viabiliza o acesso ao mundo global, letrado e sonoro. Um simples teclado adaptado permite a escrita de paralisados cerebrais que anteriormente tínhamos muita dificuldade de perceber seu nível de alfabetização. A tela sensível ao toque permite o uso da máquina beneficiando a interatividade de crianças com diferentes síndromes e o vasto mundo de possibilidades que programas educativos apontam favorecendo seu desenvolvimento. O viva-voz possibilita o entendimento de instruções de programas onde o usuário se torna protagonista de suas ações. O mouse adaptado dá oportunidade para pessoas com transtornos motores também se beneficiarem desta ferramenta. Muitos outros periféricos foram criados pensando exatamente em incluir o maior número de usuários, mesmo que com alguma deficiência.

A era da informática possibilita a informatização dos bancos e sistemas de dados da estrutura organizativa, facilita a pesquisa, possibilita a informação atualizada, mas tudo isso seria meramente um instrumento administrativo se não viesse junto, a grande evolução nos recursos facilitadores de uso, a criação de ambientes de trabalho com linguagens acessíveis, a diminuição do custo de aquisição do equipamento, aumentando o espectro de usuários e tornando imperativa a adesão, inclusive das escolas públicas, modernizando, atualizando e qualificando o processo ensino-aprendizagem.

Um dos focos da Educação Especial é buscar recursos que viabilizem o exercício da cidadania de sujeitos excluídos, salientando as possibilidades de cada um e de se tornar um ser na sociedade. Um ser que faz diferente ou que faz diferença.

Rejane Guariglia da Silva
Psicopedagoga
*Artigo publicado no Caderno de Reabilitação/Maio 2008

domingo, 15 de junho de 2008

Tudo DEPENDE

Inclusão digital: um direito de todos


Com as tecnologias digitais, estamos vivendo tempos de extremas e rápidas mudanças. Nunca o homem havia tido disponíveis ferramentas cognitivas tão poderosas. Cresce, em todos os países, o número de pessoas com necessidades especiais (PNEs) a reivindicar seu legítimo direito de acesso à informação/formação e a espaços acessíveis às tecnologias digitais. O reconhecimento da diversidade humana apontou para a necessidade de ambientes e ferramentas digitais condizentes a especificidades.As tecnologias digitais oferecem, com a criação de Ambientes Digitais de Aprendizagem (AVAs), uma das mais efetivas alternativas para desenvolvimento e inclusão digital e social de PNEs. Nesse contexto, nos últimos 20 anos, a equipe do Núcleo de Informática na Educação Especial da Faculdade de Educação da Ufrgs (Niee) vem desenvolvendo atividades em três áreas de atuação. Na pesquisa, há estudos científicos focalizando diferenciadas síndromes e deficiências, com a finalidade de construir conhecimento no uso das tecnologias digitais: com cegos, surdos, pessoas com deficiência mental e física, síndrome de Down, Transtorno do Déficit da Atenção/Hiperatividade (TDAH), crianças e jovens com graves enfermidades, meninos de rua, ex-presidiários, entre outros.Os resultados desses estudos, socializados em quase uma centena de publicações científicas e em mais de 120 apresentações em congressos nacionais e internacionais, mostram aspectos positivos relacionados ao desenvolvimento cognitivo e socioafetivo desses usuários, propiciados por ferramentas e espaços digitais/virtuais.Nos últimos cinco anos, a equipe do Niee foi contemplada com dois prêmios de melhores trabalhos expostos em eventos europeus e mais dois em eventos nacionais. Na área de desenvolvimento de software, a equipe obteve, por duas vezes, primeiro lugar em concursos nacionais promovidos pelo MEC. Um dos produtos desenvolvidos pelo Niee resultou no ingresso de um jovem com PC que realizou e foi aprovado no vestibular da Ufrgs (1994) utilizando o computador com um Simulador de Teclado, sistema também utilizado em sua formação. Destaca-se o atual projeto, financiado pelo CNPq, que se constitui em um AVA Inclusivo para criação de Comunidades Virtuais de Convivência, cujo foco são as ferramentas acessíveis a Web e Tecnologias Assitivas para PNEs. Dentre elas, o bate-papo falado (para cegos) e o Teclado Virtual (para escrita da Língua dos Sinais, voltado a surdos).Na área de formação de recursos humanos, o Niee-Ufrgs é espaço de preparação de pesquisadores (doutorado e mestrado), desenvolvimento de cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização (presenciais e à distância-EAD). Na formação docente em EAD, destaca-se o curso apoiado pela Secretaria de Educação Especial do MEC com a finalidade de utilizar as tecnologias digitais visando ao desenvolvimento e à inclusão de PNEs. E, atualmente, estamos na 6ª edição do curso e já formamos mais de 3 mil professores, em todo o país.Assim, propiciar acesso a ambientes digitais permitirá ouvir e dar voz à diversidade humana – ação prioritária para a construção de uma sociedade inclusiva. Conseguir que os benefícios desses ambientes estejam disponíveis a todos significa, no contexto da sociedade atual, um imperativo social e ético. Busca-se, desta forma, avançar na construção de uma sociedade onde cada indivíduo, independentemente das suas necessidades especiais, tenha as mesmas oportunidades de crescimento e vivência que os demais cidadãos.


Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 3 DE MAIO DE 2008


Foto: Anelise Barra Ferreira

Transporte escolar em foco - escolas especiais

Ministério Público quer esclarecimentos sobre a carência de oferta para alunos de escolas especiais

O Ministério Público do RS pediu informações à Secretaria Estadual de Educação (SEC) sobre a disponibilidade de transporte escolar especial e gratuito a alunos de sete escolas de Educação Especial de Porto Alegre. A promotora Christiane Pilla Caminha instaurou inquérito em maio de 2007, a partir de representação da Sociedade Beneficente Recreativa Esportiva Tchê Amigo Esperança. 'A reivindicação é no sentido de oferecer transporte adequado às necessidades dos portadores de deficiência', afirmou.Christianne já buscou informações com a Faders e a SEC. 'A primeira alegou não ter recursos; e a segunda afirmou ter convênio com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), a ATP e a EPTC para efetuar o serviço gratuito na rede de transporte coletivo.' A promotora, no entanto, pediu mais esclarecimentos à SEC, já que o atual transporte coletivo que é realizado na Capital não supre a necessidade dos alunos das escolas Tristão Sucupira (com 175 escolares), Lucena Borges (89), Lígia Morrone Averbuck (170), Professor Eliseu Paglioli (156), Cristo Redentor (196), Renascença (200) e Recanto da Alegria (100 alunos).A SEC argumentou ter responsabilidade com o transporte escolar de alunos da zona rural. Mas, ainda assim, a secretaria afirmou que tem parceria para oferecer transporte gratuito a estudantes com necessidades especiais. A coordenadora do Setor de Educação Especial da Smed, Viviane Loss, disse que o convênio 'Vou à Escola 2007' fornece vale-transporte para alunos, principalmente da rede estadual, que não conseguiram matrícula em escolas próximas às residências. 'São 4 mil alunos com deficiência matriculados nas 93 escolas da rede municipal e não só nas quatro escolas especiais da prefeitura.' Além dessas, há ainda três escolas especiais do Estado e uma da Faders. Viviane salientou que uma parceria entre Smed e EPTC estipulou horários de entrada e saída, para que os ônibus acessíveis circulem para atender os alunos, principalmente cadeirantes.

Por meio de parceria, o 'Vou à Escola' fornece vale a alunos com deficiência na Capital.


Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 14 DE MAIO DE 2008

Foto: Anelise Barra Ferreira

Cooperação entre Faders e FACED/Ufrgs

O Consun (Conselho Universitário da Ufrgs) aprovou, na última reunião (dia 7), proposta que prevê cooperação técnica entre a Faculdade de Educação e a Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades no RS (Faders). A cooperação tem a aprovação da Secretaria Estadual de Justiça e Desenvolvimento Social. O objetivo da ação é unir esforços para a promoção de cursos de extensão e de formação continuada, e para o desenvolvimento de propostas voltadas à acessibilidade e à Educação Especial. Está prevista, também, a criação de condições para a produção de material em braile; material didático/pedagógico acessível para a Educação de surdos, bem como a parceria no Portal de Acessibilidade da Faders.

Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, segunda-feira, 12 de maio de 2008.

Política Educacional Inclusiva

A Educação inclusiva passa a definir novas formas de organização do espaço escolar e de políticas públicas que atendam à diversidade humana, invertendo a lógica estruturada pelo modelo da integração que ressalta os aspectos clínicos no processo educacional e constitui uma identidade escolar a partir do déficit. Essa visão fortalece a crença da dificuldade de aprendizagem focada no aluno ou na incapacidade de aprender e participar, criando um sentido inverso dos valores sobre os quais a escola deveria se fundar, ou seja, a capacidade dos sujeitos e a importância dos contextos no seu desenvolvimento.Esse movimento estimulou reflexão acerca da escola como produtora da sua própria cultura e das práticas educacionais no seu interior, sendo possível falar de uma consciência sobre a necessidade de ultrapassar paradigmas que mantêm a estrutura dos sistemas inalterada e não capacitam para interagir na diversidade. Também o protagonismo das pessoas com deficiência, ao afirmar seus direitos sociais, culturais e individuais e uma identidade reivindicada sob o prisma da cidadania e dos direitos humanos, resultou em processo de renovação da cultura escolar que aponta para o desenvolvimento profissional, a colaboração em gestão e processos pedagógicos, a participação das famílias e a cooperação entre alunos.Enfrentando o desafio de ampliar a qualidade e a oferta de serviços, recursos e atendimento educacional especializado para promover acesso, participação e aprendizagem no Ensino regular, em 2003 a Secretaria de Educação Especial do MEC implantou o programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, em parceria com os municípios, para a formação de gestores e educadores. Destacaram-se, neste período, a ampliação das matrículas na rede pública e a inclusão nas classes comuns do Ensino regular, além da disseminação de recursos e equipamentos de acessibilidade, como livros em braile, libras e áudio e laptops com sintetizador de voz; a implantação do curso de Letras/Libras e do Exame Nacional de Certificação de Proficiência em Libras (Prolibras); a criação dos Núcleos de Altas Habilidades/Superdotação em todos os estados; e a formação docente para o Atendimento Educacional Especializado (AEE).À luz dos preceitos contemporâneos, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU/2006 estabelece o respeito às diferenças e à deficiência como parte da diversidade humana, definindo o compromisso dos países em assegurar o acesso à Educação no sistema geral de Ensino e a Educação inclusiva em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social. No Brasil, o Plano de Desenvolvimento da Educação institui programas de apoio ao desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos: formação continuada de professores na Educação Especial, implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Escola Acessível (adequação dos prédios escolares para acessibilidade); BPC na Escola (acompanhamento e monitoramento de acesso e permanência dos atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social); e o Programa Incluir: Acessibilidade no Ensino Superior.Como resultado desse processo de mudanças, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva consolida os princípios da não-discriminação, da valorização da diversidade e da participação plena na sociedade.


Cláudia Pereira Dutra / secretária de Educação Especial do MEC

Fonte: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 12 DE ABRIL DE 2008.


Foto: Anelise Barra Ferreira

Programa incentiva acesso à escola - Iniciativa identificará pontos que afastam crianças e jovens com deficiência da sala de aula

O programa BPC na Escola irá identificar as barreiras que impedem o acesso e a permanência na escola de crianças e jovens com deficiência, de zero a 18 anos, atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). O trabalho será realizado por gestores que participaram do primeiro curso de formação de multiplicadores do BPC na Escola, que se encerrou ontem em Brasília.A partir do 2º semestre, os gestores irão repassar o conhecimento adquirido durante os três dias do curso de formação para os demais responsáveis pela aplicação de um questionário que identificará as condições de saúde, assistência e educação em que vivem os beneficiários do BPC, na faixa etária de zero a 18 anos. Todos os estados e o Distrito Federal aderiram ao programa e os gestores já se comprometeram a participar da formação nos municípios.Numa de suas primeiras ações, o programa identificou cerca de 270 mil crianças e jovens atendidos pelo BPC que estão fora da escola. Para a secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Cláudia Dutra, um dos méritos do BPC na Escola é dar visibilidade para a situação de exclusão em que vivem essas crianças e jovens. 'Todos eles estão fora da escola', lamenta. De acordo com a secretária, durante o curso de formação, o transporte foi apontado como um dos fatores impeditivos para o acesso à escola. 'Com a aplicação dos questionários, teremos condições de identificar os demais fatores impeditivos e a partir daí melhor orientar as políticas públicas que atenderão essa população', complementa. O BPC na Escola é coordenado pelos ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e da Saúde e pela Secretaria Direitos Humanos. O programa integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
FONTE: CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 6 DE JUNHO DE 2008.
Foto: Anelise Barra Ferreira

INCLUSÃO: Porto Alegre é demais

O desafio de incluir os alunos com necessidades educativas especiais de verdade na escola está colocado para quem defende o direito de todos à educação. Porto Alegre tem dado passos importantes nesse sentido, mas ainda de forma fragmentada: cada rede de ensino à sua maneira, cada escola com sua proposta pedagógica, cada família com sua luta para romper barreiras, conquistar uma vaga adequada ao seu filho, onde acolhimento e aprendizagem aconteçam. Com as diretrizes do governo federal, no sentido da inclusão de todos nas escolas comuns, um movimento de diálogo de cidade inicia. Primeiro, defensivamente: manter as escolas especiais, espaço conquistado com luta e, muitas vezes, única política pública que chega a nossas crianças, adolescentes e jovens com necessidades educativas especiais. E agora, mais consistente e articulado: a constituição de um Fórum pela Inclusão Escolar que mobilize todos os que mantêm, atuam e são atendidos pela educação especial. Por um lado, para publicizar e colocar em debate cada experiência, avanços e limites; por outro, rever conceitos, práticas, propostas pedagógicas para construir alternativas que ampliem a inclusão. Um ciclo de debates já é iniciativa do Fórum: cinco encontros mensais, de junho a novembro, que discutirão a experiência dos movimentos de inclusão tanto nas escolas especiais quanto nas comuns. O registro vai se transformar em texto para devolução à cidade. Queremos ainda que esse caminho resulte num primeiro diagnóstico, quantitativo sim, mas sobretudo qualitativo, da oferta e da demanda constituídas na Capital e, com isso, gerar, reavaliar, ampliar políticas públicas de inclusão escolar.O propósito é ousado! Por isso, estão todos convidados e muitos destes já envolvidos: conselhos de direitos, de educação, o Legislativo municipal, as escolas públicas, privadas, especiais e comuns, pais, professores e funcionários, representantes das Salas de Integração e Recursos, secretarias Municipal e Estadual de Educação e de Acessibilidade, entidades de classe representativas dos segmentos e especialmente os próprios alunos, cuja voz, necessidades, escolhas, só serão de fato respeitadas se forem eles também protagonistas!

SOFIA CAVEDON Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude da CMPA

Fonte: JORNAL CORREIO DO POVO- ANO 113 Nº 258 - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 14 DE JUNHO DE 2008

Foto: Anelise Barra Ferreira