domingo, 16 de novembro de 2008

ESCOLA ESPECIAL: ESPAÇO DE INCLUSÃO

As Escolas Municipais Especiais de Ensino Fundamental de Porto Alegre Eliseu Paglioly, Ligia Averbuck, Tristão Sucupira Viana e Lucena Borges atendem crianças e adolescentes, com as idades entre 0 e 21 anos, que apresentam deficiência mental, paralisia cerebral, deficiências múltiplas, transtorno global do desenvolvimento (autismo e psicose) com deficiências associadas.
Oferecem Educação Básica conforme a organização curricular da rede municipal de Ensino com a Educação Infantil nas modalidades de Educação Precoce (0 a 3 anos de idade), Psicopedagogia Inicial (3 a 6 anos de idade) e Ensino Fundamental com I, II, III Ciclos (dos 7 aos 21 anos), consideradas as especificidades relacionadas às idades e ao desenvolvimento. Aos alunos do 3º ciclo também é oferecido o Programa de Trabalho Educativo (PTE), com objetivo de realizar a inclusão em espaços de trabalho públicos e privados.As escolas acompanham as discussões, as transformações propostas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), possuem Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, diretores eleitos, Conselho Escolar, gerenciamento financeiro.
Têm como equipe de trabalho professores e monitores para atendimento aos alunos. Constituem-se como espaços escolares com projetos que viabilizam a inclusão educacional, cultural e social de seus alunos.Duas das escolas especiais oferecem espaços e projetos abertos à participação de alunos das escolas regulares. São importantes aprendizagens acontecendo dentro da escola especial, onde (re)inventamos caminhos, inovamos e ainda mostramos o resultado dessas produções no contexto cultural e social, seja pelo teatro, seja por meio das exposições dos trabalhos de artes realizadas na cidade, numa perspectiva de transformação dos pré-conceitos do senso comum, rompendo a lógica de que na escola especial pouco se ensina ou se aprende. Os projetos já vêm apontando resultados muito positivos e reconhecidos pelas comunidades escolares há muitos anos.
As quatro escolas especiais, juntamente com as Assessorias de Inclusão da Smed, de Educação Precoce e de Psicopedagogia Inicial, vêm construindo caminhos diferenciados para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, criando alternativas conjuntas que possibilitem o acesso à permanência na Educação Infantil, na escola regular ou especial, com atendimentos de qualidade aos alunos, com respeito às diferenças e às necessidades.

PATRÍCIA ZILLMER especialista em Transtorno do Desenvolvimento e professora da EMEEF Lucena Borges
Fonte: Correio do Povo - 15/11/2008