sábado, 13 de dezembro de 2008

Fórum pela Inclusão lança livro

Ao encerrar o ano, a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Cece) e o Fórum pela Inclusão Escolar realizam o lançamento do livro 'Inclusão Escolar: práticas & teorias', composto por um conjunto de artigos dos palestrantes do Ciclo de Debates promovido durante 2008. O evento será na quarta-feira (17), às 19h, no Anfiteatro da Faculdade de Educação (sala 240 do Prédio 15 da PUC, na Capital).
A atividade, com entrada franca, envolve, além da sessão de autógrafos, a palestra de Rosita Edler Carvalho, psicopedagoga, doutora em Educação, pesquisadora em Educação e autora de livros com temas voltados à Educação inclusiva. Neste ano, a Educação Especial conquistou significativos avanços nas discussões e na organização das instituições que atuam na área, encontrando na Cece espaço para qualificar o debate e para buscar esclarecimentos e trocas significativas.Por meio da Comissão, a presidente da Cece, Sofia Cavedon, explica que foi, assim, organizado e realizado o Ciclo de Debates Inclusão Escolar: Práticas e Teorias, que se iniciou em junho, durante o lançamento do Fórum pela Inclusão Escolar. O evento teve cinco encontros mensais, com efetiva participação de representantes das escolas especiais do município, das Salas de Integração e Recursos (SIR) e da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa). Em 2008, houve ainda o 1º Encontro de Pais, promovido pelo Fórum.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vejamos a educação...


Nas duas últimas semanas foram veiculadas matérias em uma grande (?!?!) revista de circulação nacional com idéias incrivelmente distorcidas sobre a educação e os educadores brasileiros.
Na semana passada, fomos, todos os educadores sérios e competentes deste país, aviltados de maneira agressiva e extremamente desrespeitosa... Fomos tratados como moleques despreparados e desqualificados. Não sei se as desinformadas e tendenciosas jornalistas que assinaram tal matéria fazem idéia que um professor, cada vez que está diante do desafio que é uma aula, traz consigo uma concepção de mundo e de sociedade, e que quanto a isto, sinto muito, mas por mais que as repórteres e o grupo de pessoas a quem elas representam queira, não há a mínima possibilidade de neutralidade. Todos nós trazemos concepções sim! E os educadores precisam ter em mente, no Projeto Político Pedagógico de cada escola, o tipo de homem e de sociedade que desejam formar, e a cada família cabe fazer a escolha, de acordo com o que deseja para seus filhos, para a sociedade e, sem nenhum exagero, para o Planeta... Existem escolas trabalhando nas mais diversas concepções, mas nenhuma nunca foi e nunca será neutra.
Muitas pessoas, das mais variadas profissões julgam-se competentes para opinar sobre o trabalho do professor. Será que é possível dizer a um médico como proceder... ou a um pedreiro, um economista ou a um advogado qual a maneira de exercer sua profissão? Não. Ninguém se julgaria preparado para tal. Pois é, mas sobre educação, e de preferência, para desqualificar o professor, são várias as vozes que se levantam. Será que estas pessoas têm noção que para que cada aula aconteça o professor precisa ter estudado, no mínimo sobre epistemologia, didática, psicologia, sociologia, filosofia, história, política educacional, além de todo o saber próprio de sua disciplina? Será que se dão conta do quanto de conhecimento e de investimento pessoal está subtendido em cada prática e de que não são conhecimentos simples, que não podem ser construídos sem muito estudo, reflexão e dedicação? E que a atualização é constante, num mundo em mutação permanente?
Não são apenas conhecimentos técnicos...cada aluno é um ser que pensa, que constrói conhecimento, que sente, que tem desejos e opiniões próprias, que traz uma extensa bagagem cultural e familiar, além das peculiaridades da sua faixa etária e do meio social em que vive... e tudo isto multiplicado por 20 ou 40 alunos em uma sala de aula. Não esquecendo, também, das muitas horas dedicadas ao preparo, atualização, correção de trabalhos e etc... Nenhum professor fecha a porta da sala de aula, e só volta a pensar no seu trabalho no dia seguinte... Por isso e por muito mais, por favor, mais respeito com o professor!!!! Ser educador não é uma missão nem uma vocação.É uma profissão que exige muita qualificação.
Como se não bastasse a matéria da semana passada, que gerou muitos constrangimentos entre nós, não só pelo desrespeito, mas pela maneira totalmente antiética com que cita professores e instituições, nos deparamos novamente, nesta semana, com uma triste coluna, na mesma revista, com teor altamente tendencioso...
Muito teria para dizer sobre a referida coluna e sobre tantas outras que circulam por aí, mas vou falar sobre minha preocupação com este momento. Penso que todos nós somos perdedores, enquanto sociedade, por termos pessoas totalmente tendenciosas formando a opinião dos brasileiros via desqualificação da educação. Não existe neutralidade nenhuma nesta posição. A escola precisa ser neutra, não é o que apregoam? Que engraçado! E a mídia?
Me inquieta a maneira como os espaços estão sendo ocupados, como as cabeças estão sendo feitas em nossa sociedade. Um artigo aqui, outro ali, parece que, a princípio, não causam mal algum, que deveríamos deixar como está, que cada um fala o que pensa, e tudo bem...A princípio pode até parecer bem democrático...mas cuidado!
Uma coluna como a que estou me referindo, se levada a sério por desconhecedores, por pessoas que já estão levadas a pensar de determinada forma por um senso comum emburrecedor e acrítico, podem achar até muito interessante...mas se a analisarmos com cuidado, em cada parágrafo há algo não só de assustador, como de muito perigoso e com conseqüências muito séria para todos nós...é um texto, que se levado ao pé da letra, nos leva a concepções já vistas na Alemanha pelos idos de 1940. Será atual? Será neutra? Será competente? Será inofensiva? Será moderna? Será...?
Faço um convite especial aos pais, aos educadores e às pessoas sérias e comprometidas com um mundo em profunda transformação: existem excelentes e sérias publicações sobre educação: são revistas, jornais, livros, sites extremamente ricos e qualificados. Quando me refiro a opinar sobre o trabalho do professor não estou, de maneira alguma, me opondo à participação construtiva de toda a sociedade na educação. Esta é muito bem vinda, e absolutamente necessária, mas com diálogo e troca de saberes inerentes à profissão de cada um, que juntos construirão a escola brasileira tão necessariamente qualificada.. Convido a todos para que ocupemos os espaços coletivos, que façamos nossas vozes serem ouvidas...se não os ocuparmos, outros o farão, de forma lamentável.

Maria Rita Vidal Peroni
mariaritaperoni@gmail.com.br
Professora

domingo, 16 de novembro de 2008

ESCOLA ESPECIAL: ESPAÇO DE INCLUSÃO

As Escolas Municipais Especiais de Ensino Fundamental de Porto Alegre Eliseu Paglioly, Ligia Averbuck, Tristão Sucupira Viana e Lucena Borges atendem crianças e adolescentes, com as idades entre 0 e 21 anos, que apresentam deficiência mental, paralisia cerebral, deficiências múltiplas, transtorno global do desenvolvimento (autismo e psicose) com deficiências associadas.
Oferecem Educação Básica conforme a organização curricular da rede municipal de Ensino com a Educação Infantil nas modalidades de Educação Precoce (0 a 3 anos de idade), Psicopedagogia Inicial (3 a 6 anos de idade) e Ensino Fundamental com I, II, III Ciclos (dos 7 aos 21 anos), consideradas as especificidades relacionadas às idades e ao desenvolvimento. Aos alunos do 3º ciclo também é oferecido o Programa de Trabalho Educativo (PTE), com objetivo de realizar a inclusão em espaços de trabalho públicos e privados.As escolas acompanham as discussões, as transformações propostas pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), possuem Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, diretores eleitos, Conselho Escolar, gerenciamento financeiro.
Têm como equipe de trabalho professores e monitores para atendimento aos alunos. Constituem-se como espaços escolares com projetos que viabilizam a inclusão educacional, cultural e social de seus alunos.Duas das escolas especiais oferecem espaços e projetos abertos à participação de alunos das escolas regulares. São importantes aprendizagens acontecendo dentro da escola especial, onde (re)inventamos caminhos, inovamos e ainda mostramos o resultado dessas produções no contexto cultural e social, seja pelo teatro, seja por meio das exposições dos trabalhos de artes realizadas na cidade, numa perspectiva de transformação dos pré-conceitos do senso comum, rompendo a lógica de que na escola especial pouco se ensina ou se aprende. Os projetos já vêm apontando resultados muito positivos e reconhecidos pelas comunidades escolares há muitos anos.
As quatro escolas especiais, juntamente com as Assessorias de Inclusão da Smed, de Educação Precoce e de Psicopedagogia Inicial, vêm construindo caminhos diferenciados para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, criando alternativas conjuntas que possibilitem o acesso à permanência na Educação Infantil, na escola regular ou especial, com atendimentos de qualidade aos alunos, com respeito às diferenças e às necessidades.

PATRÍCIA ZILLMER especialista em Transtorno do Desenvolvimento e professora da EMEEF Lucena Borges
Fonte: Correio do Povo - 15/11/2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O heróico trabalho da Apae, José Fortunatti*

Durante séculos, os portadores de deficiência de qualquer natureza foram fortemente discriminados pela sociedade. Em especial, os portadores da síndrome de Down e todos os portadores de alguma deficiência intelectual ou múltipla.
Felizmente, apesar de toda a negligência e ineficiência do poder público, a sociedade civil começa a se organizar para promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência na perspectiva da inclusão social dessas crianças e adolescentes.
As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) começam a mostrar "a cara" a partir de 1954, cumprindo com um papel no qual o Estado se mostrava absolutamente omisso. De lá para cá, muita coisa mudou. Nestes 54 anos de existência, as Apaes conseguiram mostrar para a sociedade o valor das crianças e adolescentes portadores de alguma deficiência intelectual ou múltipla, fazendo com que as próprias famílias deixassem de se "envergonhar" de algum filho nessa situação.
Na condição de secretário estadual da Educação, aprofundei as minhas relações com o trabalho desenvolvido pelas Apaes e me apaixonei pelo trabalho educacional realizado por estas instituições. Fico perplexo com a insistência do próprio Ministério da Educação, que, em nome de um processo de inclusão educacional (que todos desejamos), simplesmente deseja fechar as escolas das Apaes.
Sempre fui um ferrenho defensor da inclusão educacional das crianças portadoras de qualquer deficiência nas escolas regulares, mas o pressuposto é que essas escolas tenham plenas condições de abrigar as crianças com professores capacitados para a tarefa, com a utilização de material pedagógico adequado, com a preparação dos colegas de turma e com um sólido trabalho realizado com os familiares dos alunos.
Caso contrário, na base do "tudo ou nada" como parece desejar o MEC, o "processo de inclusão" propost o pelo Ministério vai aumentar o fosso entre os alunos portadores de alguma deficiência intelectual e os demais alunos. Ao invés de um processo verdadeiro de inclusão, isso ocasionaria uma maior rejeição, discriminação e aumento do preconceito com os alunos portadores da deficiência.
Espero que o MEC ouça quem nos últimos 54 anos tratou com muito amor e dedicação desta questão e não se deixe levar por "novos teóricos" da inclusão, que com a única vivência acadêmica desejam "revolucionar" o setor.
Espero que amanhã, quando a Apae de Porto Alegre realiza a Caminhada Solidária, todos estejamos juntos para continuarmos construindo esta maravilhosa solidariedade para com estas queridas, fantásticas e amorosas crianças portadoras de deficiência intelectual.
*Secretário municipal de Planejamento e vice-prefeito eleito de Porto Alegre.
Fonte: Zero Hora - 14/11/2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Curso de Capacitação de Professores em Educação Especial: Deficiência Visual

Objetivo: Capacitar professores para atender as especificidades dos alunos com deficiência visual na educação básica.
Local: UNILASALLE Canoas: av. Vitor Barreto, 2288 - Canoas -
Fones: 3476.8738 (extensão)
E-mail para maiores informações: clb@faders.rs.gov.br zenilde@unilasalee.edu.br
Carga Horária: 360 horasPrevisão de início: 03/04/2009
Previsão de Término: julho/2010
Público alvo: Professores da Rede Pública e Privada, estudantes da graduação em educação e ou/magistério (ensino médio).
Dias e horário das aulas: sextas-feiras - 19h às 22h e sábados - 8h30m às 12h - 13h às 14h30m.
Obs: È necessário realizar a pré-inscrição para que o curso se efetive. A realização do Curso está condicionada ao número de inscrições. A confirmação da inscrição ocorrerá posteriormente através dos dados fornecidos pelo interessado. Pré-inscrições no Portal de Acessibilidade da Faders http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

ALFABETIZAR: UM PROCESSO "SOFRIDO" E GRATIFICANTE


O educador necessita estar em constante busca de recursos e fundamentação para manter seus alunos entusiasmados pela aprendizagem, pela leitura e escrita, pela inclusão no mundo letrado sem perder de vista suas necessidades e possibilidades, seus interesses e sua vida íntima, remetendo-os a uma atitude reflexiva que transmita segurança nas aquisições, sem deixá-los acomodados, buscando a cada patamar adquirido, desestabilizá-los para aquisição de novas conquistas.
Para alunos com necessidades especiais a possibilidade de ler é conquistada com muito empenho e dedicação dos profissionais que lidam com esse foco, pois exige contrapor todas impossibilidades que durante 10 ou 12 anos conviviam diariamente com eles e com o entorno familiar e relacional. O processo é sofrido para ambos, aluno e educador. Muitos mitos devem ser derrubados, as estruturas precisam ser revitalizadas, a crença na possibilidade, em muitos casos, deve ser maior que a efetiva possibilidade.
O primeiro passo para um aluno ler é acreditar.
Isso desloca as atenções da impossibilidade ou grande dificuldade do aluno para a criação de uma estrutura de trabalho, para uma vinculação, para criação de um ambiente de segurança e confiança que possibilitem aquisições. O que deve ser adaptado, recriado, estudado, é o modo de propor e exigir. Quando detectado que o problema é o jeito de ensinar, o que se ensina e como se ensina, liberamos o aluno para crescer e adquirir informação suficiente para ler o mundo através, também das letras.
A busca deste "método", deste jeito de fazer exige dedicação, pesquisa e gosto pelo fazer.
Gosto pelo crescimento do outro.
Gozo pela conquista do aluno, pois isso significa dar dignidade a um cidadão, propiciar a caminhada em busca da autonomia. Significa inserir um sujeito no mundo das possibilidades e, mais do que isso, inclui um indivíduo na estrutura familiar como efetivamente um sujeito que sente, pensa, se expressa e participa do mundo sem necessitar interprétes ou representantes.
Rejane Guariglia da Silva
Psicopedagoga

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

14% da população tem deficiência

Porto Alegre tem 14,3% da população – 194.531 pessoas – com algum tipo de deficiência, sendo que a visual registra a maior incidência (8,55%). A região com maior número foi a Restinga (16,91%). A menor ficou na zona Nordeste, com 8,21%. As informações relativas aos portadoras de deficiência na Capital foram analisados e debatidos em um encontro realizado na Secretaria Municipal da Administração, que reuniu pesquisadores, representantes de entidades e dos conselhos municipais.

Os dados foram tabulados pela Gerência de Informações da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local (SMGL), com base no Censo 2000 do IBGE. Essa foi a primeira reunião do Projeto Democratizando Informações, do Observatório da Cidade de Porto Alegre (ObservaPoA). Os números estão disponíveis no site www.observapoa.com.br.

A técnica da Gerência de Informações da SMGL Adriana Furtado salientou que os números da Capital gaúcha são semelhantes aos do restante do país, que registra 14,48% de pessoas com alguma deficiência. 'O objetivo do ObservaPoA é mostrar que existem várias pequenas cidades dentro de Porto Alegre e que os dados sirvam para a cobrança de políticas públicas para determinada região', afirmou Adriana.

O titular da Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (Seacis), Tarcízio Cardoso, observou que desde a criação da Pasta, em 2005, está se buscando intensificar iniciativas voltadas ao bem-estar das pessoas portadoras de deficiência. 'Os dados do Censo 2000 estão defasados. Por isso, criamos um programa que pretende quantificar e localizar as pessoas com deficiência na Capital.' Segundo ele, o objetivo é criar projetos com a iniciativa privada e entidades do terceiro setor.

Em dezembro, será realizado o segundo painel, com o tema trabalho, a partir da Pesquisa de Emprego e Desemprego. Também em dezembro, haverá o Seminário do Atlas de Desenvolvimento Humano (IDH) da Região Metropolitana, que inclui o IDH de 163 áreas de Porto Alegre.

Fonte: CORREIO DO POVO - QUINTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO DE 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

Música estimula a inteligência

Várias pesquisas indicam que crianças com educação musical desenvolvem maior aptidão mental
São muitos os estudos que provam que a música é um estímulo muito valioso ao desenvolvimento da criança. Segundo o coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil da Universidade Federal de São Paulo, Mauro Muszkat, 'ela interfere na plasticidade cerebral, de modo que há diferenças entre o cérebro de um músico e de um não-músico. Favorece a rede de conexões entre os neurônios na parte frontal do cérebro, o que tem relação com os processos de memorização e atenção. Por estimular a comunicação entre os dois lados do cérebro, também está relacionada com as habilidades como o raciocínio e a matemática', afirma o especialista.

Cada tipo de som exerceria influência em determinada área cerebral. A música básica, rítmica, relaciona-se com a porção anterior. O som melódico age nas áreas temporais e a música com contrastes e efeitos influencia áreas associativas. Músicas mais lógicas, como as de Mozart, estimulam a resolução de problemas espaciais. Não há um efeito único, mas em geral a música modifica a atividade elétrica do cérebro, potencializando várias áreas.
Já a Universidade de Hong Kong realizou pesquisa com 90 meninos e meninas, entre 6 e 15 anos. Metade dos avaliados integrava a orquestra da escola e aprendia a tocar um instrumento, enquanto a outra metade não tinha formação musical. Cinco anos depois, constatou-se que as crianças que participaram da atividade musical mostraram mais capacidade de memorização de palavras. Segundo os estudiosos, fazer escalas ao piano, por exemplo, desenvolve o lado esquerdo do cérebro, local de concentração da memória verbal e das aptidões musicais. Na Universidade da Califórnia em Irvine, dois grupos de crianças foram estudados; um deles teve lições de piano e cantava no coro diariamente. Após oito meses, as crianças musicadas eram experts no domínio de quebra-cabeças, atingindo desempenho 80% superior aos colegas em inteligência espacial.
Depois da sanção da lei 11.769, que torna obrigatória a inclusão da disciplina música no ensino fundamental e médio das redes públicas e particulares no Brasil, começou a ser debatido como esse ensino se dará quanto à capacitação de professores, infra-estrutura de escolas públicas, material didático e plano de aula. O conselheiro da Abemúsica Marcelo Aziz considera a aprovação da lei um avanço significativo no campo das artes. 'Acredito que haverá o aumento do interesse pela música. A linguagem musical sempre esteve presente na vida dos seres humanos, fazendo parte da educação de crianças e adultos. Na Grécia, era considerada fundamental na formação, assim como filosofia e matemática', conclui.
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 12 DE OUTUBRO DE 2008
Fonte: Correio

APAES: DE MÃOS DADAS COM A INCLUSÃO

Inclusão social. Um novo paradigma? Alguns anos atrás, quem seria capaz de imaginar que a luta em defesa das pessoas com deficiência seria amplamente anunciada? Talvez um louco ou um idealista. Hoje, felizmente, o nosso olhar vislumbra o ser, com suas diferenças e potencialidades, com seu tempo e maturação. E mais do que ninguém, os apaeanos sabem disso, desejam a inclusão social e, quiçá um dia, que todos estejam incluídos como cidadãos.A Federação das
Associações de Pais de Amigos dos Excepcionais do RS (Apaes) é filiada à Federação Nacional das Apaes, instituição filantrópica fundada em 1954. Atualmente, congrega 205 Apaes redistribuídas em 22 Conselhos Regionais, que prestam atendimento a 454 municípios do seu entorno, atendendo aproximadamente 18 mil alunos com deficiência mental no Rio Grande do Sul. Nosso atendimento busca garantir às pessoas com deficiência mental uma Educação inclusiva, dentro de um processo de desenvolvimento institucional da escola e do sujeito com oportunidades para trabalhar a cidadania, a diversidade e o aprendizado.Além do atendimento pedagógico, as Apaes ainda oferecem políticas de saúde, assistência social, trabalho, esporte, lazer e informática.
A missão do movimento apaeano é, assim, promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio à família direcionados à melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária.Mas almejamos que essa inclusão seja realizada no verdadeiro sentido da palavra.
Ato ou efeito de incluir-se, envolver, fazer parte. Queremos que nossos alunos freqüentem a escola comum, porque estarão aptos a continuar paralelamente aos demais colegas da turma; que sejam bem recebidos por uma escola acessível e com professores capacitados. Desejamos tudo isso que hoje oferecemos nas nossas escolas reconhecidas e autorizadas. E é o livre-arbítrio da família que deverá, de forma consciente, eleger a melhor escola. Enquanto isso, continuamos fazendo bem-feita a nossa parte. Educação digna para todos!
Aracy Maria da Silva Lêdo Presidente da Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais do RS
Fonte: Correio do Povo - 18/10/2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Down na terceira idade


As pessoas com a síndrome estão vivendo mais.
Quem vai cuidar desses velhinhos?


Meio século atrás, pessoas com síndrome de Down raramente sobreviviam além da adolescência. Essa situação mudou inteiramente. A expectativa de vida delas saltou para 56 anos, e já não causam surpresa aquelas que ultrapassam os 60 ou mesmo os 70 anos. Vários fatores contribuíram para que isso acontecesse – a assistência médica específica e mais eficiente, maior oportunidade de convívio social, o acesso à escola e ao mercado de trabalho são os principais. Isso tudo formou uma geração de indivíduos que nasceram com Down e estão chegando à terceira idade. Trata-se de inesperado desafio. Como lhes proporcionar os cuidados de que necessitam na velhice? Quando chegam a essa fase da vida, seus pais, as pessoas que geralmente davam atenção a eles desde pequenos, ou estão muito velhos ou morreram. "No passado, os médicos diziam para os pais não se preocuparem, porque os problemas físicos nunca deixariam pessoas com Down chegar à idade adulta", diz Jô Clemente, uma das fundadoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de São Paulo. "A situação agora é completamente outra."

Estima-se em 300.000 o número de brasileiros com Down. A síndrome ocorre quando o cromossomo 21, em lugar de ser formado pelo par normal, ganha um terceiro elemento. Os sinais exteriores da alteração genética são perfeitamente visíveis. Os olhos amendoados e o rosto arredondado lembram vagamente traços orientais. Os músculos são flácidos, o que dificulta a fala e aumenta a possibilidade de quedas. O metabolismo mais lento favorece a obesidade. O desenvolvimento intelectual é comprometido em grau variado. Problemas nos órgãos internos e no sistema imunológico também são freqüentes e exigem atenção médica (veja o quadro abaixo).

Muitos desses problemas podem ser minorados com o atendimento adequado. Em centros especializados e nas mais de 2.000 Apaes espalhadas pelo Brasil (quase uma para cada dois municípios), fonoaudiólogos treinam a fala, fisioterapeutas ensinam exercícios para fortalecer a musculatura e terapeutas estimulam o desenvolvimento cognitivo com brincadeiras e atividades. Poucas dessas pessoas com Down que hoje têm mais de 60 anos foram diretamente beneficiadas por essa estrutura de apoio, criada sobretudo nas últimas duas décadas. Alcançaram a terceira idade em grande parte graças ao esforço dos pais e familiares para incluí-las no convívio familiar e na sociedade.


A paulistana Danimira Antonia Ursich, de 61 anos, freqüenta a Apae desde 1990. Lá pratica tapeçaria e outros tipos de artesanato. Filha de eslovenos, conversa com fluência na língua que aprendeu com os pais. O português ela praticou com os irmãos. "Ela sempre foi incluída em todas as atividades da família. Foi uma orientação intuitiva dos pais na época", diz a irmã Mileni Ursich, médica de 69 anos, que a acolheu em casa. Quando pequena, Danimira foi alfabetizada numa escola para crianças com deficiência mental mantida por um grupo de médicos no quintal de uma casa. "Os principais responsáveis pela melhoria observada nas pessoas com síndrome de Down foram os familiares, que exigiram e forçaram os profissionais de saúde a se preparar para lidar com seus filhos", diz o médico geneticista e pediatra Zan Mustacchi, do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo.

O novo desafio dos pais agora é planejar a velhice dos filhos com Down. Os especialistas aconselham a treinar o deficiente para uma vida com autonomia. Isso significa ensinar a realizar sem ajuda tarefas do cotidiano, como fazer compras no supermercado, usar o sistema de transporte público e cozinhar. Um curso profissional pode prepará-lo para o trabalho. Um indivíduo com síndrome de Down pode perfeitamente fazer trabalhos repetitivos em linha de montagem ou ser assistente de portaria. Embora nunca se possa prever o grau de inteligência que uma pessoa com Down atingirá, a maioria é capaz de realizar as atividades domésticas sem supervisão. Outros conseguem avanços maiores. No Brasil, atualmente há cinco pessoas com Down freqüentando a universidade.

Na terceira idade, todas essas habilidades começam a ser prejudicadas pela debilidade física, mais acentuada que o normal. Um problema então é saber onde essas pessoas com Down vão morar e com quem poderão contar quando as manifestações da idade e outros sintomas ligados à síndrome se acentuarem. Como as Apaes e entidades similares não funcionam como internato, normalmente a responsabilidade é assumida pelos irmãos. "Com a morte de minha mãe, há seis anos, passei a cuidar do Luiz", diz a advogada Lorene Aparecida Silva, 40 anos. Ela mora em Ribeirão Preto, a 310 quilômetros de São Paulo, com o irmão Luiz Antonio Carlos da Silva, 61, que tem Down. Durante o dia, enquanto ela trabalha, Luiz permanece na Apae, onde pinta e monta mosaicos. Nos fins de semana, os dois aproveitam a piscina da casa ou saem para tomar sorvete.

Adultos com Down exigem cuidados especiais. Por exemplo, eles têm enorme dificuldade em lidar com situações novas. "Qualquer coisa que saia da rotina de um indivíduo com deficiência mental provoca grande ansiedade, que pode gerar conflitos", diz Silvia Longhitano, geneticista da Universidade Federal de São Paulo. A necessidade de exercícios físicos também é maior, devido à debilidade muscular. A ocorrência da doença de Alzheimer também se dá de forma precoce. O quadro degenerativo que leva a rompantes agressivos e perda progressiva de memória se manifesta a partir dos 40 anos em pessoas com Down, enquanto no restante da população ocorre após os 60. "Meu irmão sempre foi uma pessoa alegre e divertida, mas tem estado um pouco nervoso ultimamente", comenta Cândida Amaral Brito, 47 anos, que vive em Anápolis, Goiás. Filha caçula de uma família de treze irmãos, Cândida cuida do primogênito, Dilmar, que tem Down e 73 anos, e da mãe, de 92. Fã do Flamengo, em meados do ano passado Dilmar apresentou os primeiros sinais de Alzheimer. Com freqüência não reconhece os parentes. A debilidade física o obriga a usar uma bengala de apoio.

No Brasil, há poucos centros especializados no atendimento de idosos com Down. Em 1998, a Apae de São Paulo abriu o Centro Zequinha, onde idosos com deficiência mental podem passar o dia, fazer exercícios físicos e praticar jogos de atenção e memorização, uma forma de combater o Alzheimer. No condomínio Aldeia da Esperança, em Franco da Rocha, cidade da Grande São Paulo, 63 pessoas com deficiência mental moram em pequenos apartamentos, trabalham e são assistidas por fisioterapeutas, nutricionistas e médicos. Quatro dos moradores têm a síndrome de Down. David Maiberg Neto, de 59 anos, é um deles. Órfão de pai e filho de uma senhora de 97 anos, David tem uma vida bem integrada na Aldeia. Nos últimos anos, com a visão e a audição comprometidas, passou a contar com a ajuda da namorada, Sheila Falkas, 36, também moradora do condomínio. "Ela é tudo para mim e eu sou tudo para ela", diz David.

A Aldeia da Esperança não está ao alcance de qualquer cidadão. O custo inicial de ingresso equivale à compra de um pequeno apartamento e a mensalidade é de 3.500 reais. Por outro lado, 30% dos moradores não pagam nada. No momento, há uma fila de trinta candidatos à espera de uma dessas vagas gratuitas. "Infelizmente, nada foi feito pelo setor público. Tudo o que existe para o atendimento de idosos com Down é por iniciativa privada", diz Jô Clemente, da Apae. Esse é um assunto que os órgãos públicos não podem continuar a ignorar. Existe grande possibilidade de o número de pessoas com Down aumentar proporcionalmente em relação ao total da população, uma vez que as mulheres engravidam cada vez mais tarde. Entre as gestantes de 30 anos, a probabilidade de nascer uma criança com Down é de uma a cada 895 nascimentos. Aos 40, o risco sobe para uma a cada 97.





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domingo, 12 de outubro de 2008

http://br.youtube.com/watch?v=zwwMPp0nxmk

Ciclo debate ações voltadas para a educação especial

A Comissão de Educação, Cultura e Esportes (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu, na noite de quarta-feira (17/9), no Plenário Otávio Rocha, o Ciclo de Debates - Desafios do Processo de Inclusão Escolar: Assessorias. Coordenado pela presidente da Cece, Sofia Cavedon (PT), o evento reuniu representantes da Secretaria Municipal da Educação (Smed), diretores, professores, funcionários e familiares de alunos das escolas especiais.A professora Viviane Loss, da área de educação especial da Smed, disse que a equipe de assessoria está consolidada dentro da secretaria e tem construído suas políticas públicas em parceria com as escolas, os professores e parentes dos alunos. Viviane afirmou que a assessoria em educação especial precisa trabalhar articulada com outras secretarias do município para uma ação multidisciplinar. Também informou que a Smed está inaugurando vídeos institucionais que destacam a importância da inclusão de alunos especiais a partir de um atendimento de qualidade nas escolas.
A psicóloga Mara Lago, integrante da assessoria em educação especial da Smed, listou desafios a serem enfrentados pela secretaria. Segundo ela, as quatro escolas especiais da rede municipal não dão conta da grande demanda crescente. Mara também citou como meta o entrosamento de uma rede multidisciplinar, que envolve saúde, justiça, assistência social e famílias. Conforme a psicóloga, há dificuldade ainda na falta de acessibilidade em muitas escolas especiais e regulares, problema que depende de recursos. Outro desafio é o crescente número de casos de transtorno de conduta, que têm solicitado a intervenção dos especialistas das assessorias de educação especial. A assessoria da Smed nessa área, de acordo com Mara, dá-se, basicamente, pelo acompanhamento multidisciplinar e com a realização de reuniões mensais com professores, funcionários e familiares de alunos.A vice-diretora da Escola Estadual Especial Cristo Redentor, Carla Under, defendeu a existência das escolas especiais como fundamentais para a inclusão de crianças e adolescentes com necessidades especiais. "A escola especial é inclusiva", disse. Segundo ela, muitos alunos que estavam à margem da sociedade, em clínicas, sem escolaridade, têm a oportunidade de crescer em uma escola especial. Porém, ressaltou Carla, é preciso respeitar o direito das famílias de decidirem se querem matricular seus filhos em uma escola regular ou especial. "O importante é que os alunos se sintam acolhidos, com qualidade", disse. Carla lembrou que a escola especial do passado é muito diferente da atual, pois adota propostas pedagógicas que favorecem as trocas e a cooperação entre alunos e tem currículos adaptados.
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Fonte: site da Smed

INCLUSÃO NO MUNDO





Participando de mostras culturais, atividades esportivas e sociais alunos com necessidades educacionais especiais percebem suas possibilidades de inserção no mundo globalizado e se mostram alheios ao olhar curioso dos transeuntes. Mostram-se integrados, apreciam, emitem opiniões e recriam à partir das propostas criadas por artístas e/ou atletas, porém o olhar pedagógico especializado continua sendo necessário, pois é ele que detecta e instiga a possibilidade de cada um. É ela que acredida e faz todo entorno acreditar que é possível fazer e ser diferente.
Rejane Guariglia da Silva
Psicopedagoga

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Escolas recebem inscrições para Educação Infantil

Interessados em vagas em escolas municipais de Educação Infantil, que garantem atendimento a crianças com idade até cinco anos e 11 meses (completos até 28 fevereiro de 2009), devem providenciar inscrições a partir de hoje, 6, até o dia 22, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h, na instituição desejada. Nas 24 escolas de Ensino Fundamental que oferecem Educação Infantil, a inscrição será das 8h às 17h30. Para inscrição, é preciso comprovante de residência, contra-cheque do pai e da mãe e certidão de nascimento do futuro aluno. A distribuição das vagas obedecerá aos seguintes critérios: crianças em situação de risco, baixa renda per capita familiar e proximidade entre residência do interessado na vaga e a escola desejada. Caso os responsáveis pela criança não tenham comprovante de renda, a escola fornecerá um modelo de declaração como autônomo.
A rede municipal de ensino possui 33 escolas de educação infantil e sete Jardins de Praça. A falta de documentação não impede a inscrição e matrícula. Caso a criança não tenha documentos, a família será orientada pela escola a procurar o Conselho Tutelar ou o Módulo de Assistência Social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) para que sejam providenciados. Seleção - Uma comissão organizada em cada escola, composta por representantes dos diferentes segmentos (pais e representantes da comunidade), é responsável pela implementação e acompanhamento do processo de seleção dos candidatos.
Até 9 de dezembro, as escolas deverão ter divulgado a lista das crianças contempladas com as vagas suplentes e efetivado as matrículas. O ingresso nas escolas de Educação Infantil da rede municipal de ensino pode ocorrer em qualquer época do ano, respeitando o processo de inscrição e seleção. Conforme a coordenadora do Território de Educação Infantil na Secretaria Municipal de Educação (Smed), Fernanda Schumacher de Matos, um dos diferenciais do trabalho da rede municipal é a garantia de um atendimento que leva em consideração as individualidades, sem perder a relação com a comunidade e a participação da família. "Queremos ampliar as potencialidades da criança por meio do contato com as diferentes linguagens e expressões dos saberes na infância", afirma.
Mais informações pelo telefone (51) 3289-1816 , em horário comercial.PMPA03/10/2008
Foto: Divulgação / PMPA Tio Barnabé recebe inscrições de interessados em garantir vaga para o ano que vem.

EDUCAÇÃO Escola Tio Barnabé prepara inscrições para vagas A Escola Municipal de Educação Infantil Tio Barnabé, que atende filhos de funcionários da prefeitura, receberá inscrições de interessados em garantir vaga para o ano que vem. A diretora da escola, Cindi Sandri, ressalta que, para concorrer à vaga, a criança deverá ter de quatro meses a cinco anos e 11 meses completos até 28 de fevereiro de 2009. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 06 e 22, das 7h30 às 17h30.Servidores interessados em realizar a inscrição devem comparecer à instituição de ensino, inclusive ao meio-dia, com cópias originais do contracheque, do comprovante de residência e da certidão de nascimento da criança. A escola fica na Rua Otto Ernest Meyer, 55, Cidade Baixa.A Tio Barnabé atende 125 crianças, em seis turmas, desde o Berçário 1 até o Jardim B, em turno integral, das 7h às 19h. Cindi destaca que a inscrição não garante vaga. “Será realizado um processo de seleção, com a participação dos interessados nas vagas, para definir quem serão os contemplados”, avisa a diretora, adiantando que a renda familiar é preponderante na ordem de preenchimento de vagas. A Escola Municipal de Educação Infantil Tio Barnabé completará 22 anos de existência em 27 de março de 2009. Mais informações pelo telefone 3227 4591. Site:http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

PROJETOS PSICOSSOCIAIS: TEMPO LIVRE,


Grupo de Pesquisas em Psicologia Comunitária

CURSO DE EXTENSÃO:
Período: 20 a 24 de outubro
Horário: 19h30min às 22h30min
Local: UFRGS – Instituto de Psicologia
Rua Ramiro Barcelos, 2600, sala 202

COORDENAÇÃO, MINISTRANTES E PROFISSIONAIS CONVIDADOS
Coordenador do Curso
Jorge Castellá Sarriera
Doutor em Psicologia Social. Pós-doutor em Técnicas Estatísticas Multivariadas e em Psicologia Comunitária. Professor adjunto do Instituto de Psicologia da UFRGS e Coordenador do Grupo de Pesquisas em Psicologia Comunitária nesta Universidade.
Ministrantes
Anelise Lopes Rodrigues
Psicóloga. Mestre em Psicologia Social e da Personalidade. Consultora e Pesquisadora em Psicologia Sócio-Desportiva, com atuação em diversos projetos sociais de educação através do esporte, dentre os quais: Fundação Jackie Silva – RJ; Projeto Bom de Bola, Bom na Escola – RJ; Fundação Tênis – RS.
Ângela Carina Paradiso
Psicóloga. Mestre em Psicologia. Possui experiência nas áreas de psicologia clínica, orientação profissional e de carreira. É docente em cursos extensão e especialização em orientação profissional.
Profissionais Convidados:
Nelson Schneider Todt
Doutor em Educação. Mestre em Ciências do Movimento Humano. Professor da PUCRS e Coordenador do Grupo de Pesquisas em Estudos Olímpicos nesta Universidade. Atual Presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin.
Luis Carlos Enck
Diretor Técnico e Superintendente da Fundação Tênis, entidade de atuação consolidada no desenvolvimento social e psicopedagógico de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social por meio da prática do tênis. Dispõe atualmente de sete núcleos de atividades, sendo seis no estado do RS e um em SP.

PROGRAMAÇÃO
20 de outubro – Segunda-feira
Conceitos Iniciais
Tempo livre, ócio e lazer na juventude
A emergência do Terceiro Setor
Direito, Cidadania, Políticas Públicas e Responsabilidade Social
21 de outubro – Terça-feira
Esporte, Lazer e Tempo livre na juventude
Esporte e juventude: perspectiva historiográfica
Usos políticos do esporte no contexto social brasileiro
Jovens carentes, mito das classes perigosas e o salvacionismo através do esporte
Esporte e organismos internacionais: financiamento; globalização de praticas e saberes Esporte e mídia: estratégias de conscientização através do esporte (vídeos)
Apresentação de Cases
22 de outubro – Quarta-feira
Professor Convidado: Nelson Schneider Todt - “Contribuições pedagógicas do esporte: a experiência de implementação da pedagogia olímpica em projetos sociais esportivos”
Projetos Sociais: Elaboração, Execução e Gestão
23 de outubro – Quinta-feira
Avaliação e Monitoramento
Avaliação como instrumento de gestão
Monitoramento: trabalhando com indicadores sociais
Avaliação de Resultados: Métodos de Coleta de Dados, Questionários, Entrevistas e Grupos Focais
Avaliação de Resultado e de Impacto
Professor Convidado: Luis Carlos Enck – Case Fundação Tênis: “Implementação de ferramentas de gestão”
24 de outubro – Sexta-feira
Apresentação de Cases e Oficina

RELEVÂNCIA
No Brasil, em especial nas últimas décadas, evidencia-se a proliferação de inúmeros projetos sociais destinados à juventude em situação de carência e/ou vulnerabilidade social. Muitos destes projetos buscam promover práticas de esporte e lazer como forma de ocupar o tempo livre destes jovens, promover a cidadania e inclusão social. Neste curso serão discutidos diversos aspectos implicados na elaboração, execução e gestão de projetos sociais de esporte, oferecendo-se subsídios teóricos e práticos que possam constituir-se em alternativa ao enfrentamento dos inúmeros desafios que se impõe no cotidiano dos profissionais que atuam neste setor.

OBJETIVO GERAL
Fornecer subsídios teóricos e técnicos a fim de qualificar a elaboração, execução e avaliação de projetos sociais na área do tempo livre, tornando-os mais efetivos e eficazes na promoção do desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes.
PÚBLICO ALVO
Profissionais e estudantes de diferentes áreas que atuam ou pretendem atuar em projetos sociais voltados ao tempo livre tendo em vista o desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes.

INVESTIMENTO
Estudantes: R$ 50,00
Profissionais: R$ 80,00

CARGA HORÁRIA
O curso será ministrado em cinco encontros, perfazendo um total de 15 horas aula.
Vagas Limitadas
Maiores Informações: (51) 3308 5239 gppc@ufrgs.br

CERTIFICADO
Será fornecido certificado aos participantes com índice de presença não inferior a 75%.

AVALIAÇÃO
Ao final do curso, como forma de avaliação e de aplicação dos conteúdos abordados, os participantes poderão realizar uma oficina sobre elaboração e/ou gestão de projetos sociais .

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar e discutir os conceitos de tempo livre, ócio, lazer, esporte;
Discutir ações voltadas ao desenvolvimento psicossocial dos jovens a partir do uso adequado do tempo livre;
Abordar o esporte a partir de uma perspectiva historiográfica, propiciando uma compreensão contextual de sua utilização no âmbito dos projetos sociais;
Apresentar as etapas de elaboração, execução e avaliação de projetos sociais e discutir sua importância em prol do aprimoramento e da qualificação da intervenção;
Discutir cases e pesquisas de avaliação de impacto e resultados de projetos sociais destinados à juventude.

domingo, 21 de setembro de 2008

Para vencer o preconceito
Embora não sejam obrigadas por lei instituições privadas buscam ter uma estrutura para atender adequadamente o direito de alunos especiais à educação

A dificuldade de locomoção, em virtude de uma paralisia cerebral provocada por uma infecção contraída no hospital, não foi a principal barreira que os gêmeos Guilherme e Gabriel Lubianca, de cinco anos, precisaram enfrentar para poder estudar. O maior desafio foi passar por cima do preconceito.Amãe dos meninos, a médica Luciane Lubianca, tentou matriculá-los em um escola privada da Capital no ano passado. Tudo ia bem até os coordenadores da instituição verem os meninos, que andam com a ajuda de próteses e andadores.– De uma hora para outra tudo mudou. Me colocaram numa outra sala e me aconselharam a esperar mais uma pouco. Eu vi nos olhos deles o preconceito. Foi horrível – lamenta.
Guilherme e Gabriel hoje estudam na Amigos do Verde, no bairro Higienópolis, uma escola que abriu as portas para as pessoas especiais e que vem tendo resultados surpreendentes com o desenvolvimento de todos os alunos, principalmente os considerados normais, pela possibilidade de conviver com a diferença.
Apesar de a Constituição garantir o acesso à educação para os portadores de deficiências, preferencialmente no ensino regular, muitas escolas ainda permanecem à margem do processo de inclusão.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimento do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe), Osvino Toillier, reitera que não existe lei que obrigue o atendimento, mas que o número de instituições que passaram a incluir esses alunos cresce ano a ano.– São poucas que ainda resistem. O que precisam entender é que não é possível atender todas as deficiências. Existem situações em que realmente não há como – aponta.Além dos alunos se adaptarem à escola, o desafio da inclusão exige que a escola se adapte às crianças especiais.
Ana Isabel Lima Ramos, coordenadora pedagógica do Ensino Infantil da Escola Projeto, que atende portadores de deficiência, afirma que as modificações estruturais são a parte mais fácil. Difícil é mudar a cabeça dos professores e a concepção de ensino.– A inclusão só no discurso e não na prática prejudica a todos. Muito pais não entendem que para certos tipos de deficiências, o melhor caminho para o desenvolvimento ainda são clínicas e escolas especiais. É preciso conhecer as realidades de cada um para que todos saiam ganhando – aponta.
Cristiane, mãe da pequena Bianca Sardin Padilla de Oliveira, seis anos, aluna da Amigos do Verde, também teve de fazer uma maratona para achar a escola certa para a filha. A professora universitária conta que uma das escolas visitadas não quis nem ver a menina.– Eles olharam só os exames médicos e descartaram na hora. Eles nem tentaram – lamenta.
Bianca, Gabriel e Guilherme são destaques nas suas respectivas turmas e ajudam a ensinar colegas, professores e pais tanto quanto eles são ajudados.– Eles fizeram reuniões no início do ano e nos explicaram que escola estava abrindo para a inclusão. É bom ver que meu filho não tem preconceito. Ele ajuda o colega que precisa. É ótimo para ele e para nós também – elogia Kalinca Kulpa, mãe do Gabriel, quatro anos.
Fonte: ZH, 16 de setembro de 2008.
INCLUSÃO DE DEFICIENTES
Lei permite várias interpretações
Falta de clareza gera jogo de empurra no ensino regular

Além do preconceito, pais de crianças portadoras de deficiência precisam passar por cima das várias interpretações das legislações para garantir o acesso dos filhos ao ensino regular.Para as associações e entidades representativas das pessoas com necessidades especiais, as leis são claras e obrigam que qualquer rede de ensino atenda os deficientes. Mas sindicatos das escolas e parte do Ministério Público entendem que não há como obrigar a inclusão no setor privado, sendo dever do serviço público.
Na edição de ontem, Zero Hora mostrou a dificuldade de duas mães para conseguir matricular seus filhos em escolas particulares. Essa situação indignou as entidades ligadas aos portadores de deficiência.– Toda escola faz avaliação. O problema é quando essa avaliação é desenvolvida sem critérios – destaca Alex Garcia, presidente da Associação Gaúcha de Pais e Amigos de Surdocegos e Multideficientes.
Decreto salienta política nacional para deficientes. A Constituição garante o acesso à educação e aponta que isso deve ocorrer prioritariamente no ensino regular. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação referenda esse mesmo artigo e não avança no sentido da regulação.Esse caminho foi tomado por um decreto federal, de 1999, que trata da política nacional para pessoas com deficiência. O texto aponta a matrícula compulsória em estabelecimentos públicos e particulares de pessoas capazes de se integrar à rede regular.
Segundo o presidente da Federação Rio-Grandense de Entidades de Deficientes Físicos, Tarcízio Cardoso, as escolas públicas precisam cumprir a lei, sob pena de perder recursos federais.– Atingir o ensino privado ainda é uma questão de tempo.
Com a inclusão cada vez maior, o Estado e os municípios não terão condições de atender sozinhos e deverão comprar vagas no setor privado – declara.A promotora da Infância e Juventude Synara Buttelli afirma, no entanto, que não há como cobrar a obrigatoriedade no segmento particular.– O que vai ocorrer no futuro é a compra de vagas, como ocorre hoje com os leitos de hospitais – explica.O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do RS (Sinepe), Osvino Toillier, aponta que o bom senso é a melhor alternativa.– Há casos em que não é possível atender. O ideal é uma boa conversa para solucionar os problemas – salienta.

O que dizem as leis

> Três legislações regem o acesso de deficientes à educação. Embora garantam a oportunidade, nenhuma obriga as instituições de ensino privado a matricular alunos.

> A questão já chegou à Justiça, que normalmente orienta as escolas, principalmente as públicas, a atenderem o artigo 208 da Constituição que garante o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

> A Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também consagram os princípios da Constituição, mas não obrigam a oferta do serviço.
Fonte: ZH, 17 de setembro de 2008.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

GRUPO DE ESTUDOS:

TEMA:

"Aspectos cognitivos das pessoas com Deficiência Mental"

Público alvo: Pedagogos, estudantes de Pedagogia, professores e áreas afins.


Coordenação: Elisa Kern – Psicóloga; Especialista em Psicologia Clínica, Escolar, e no Atendimento de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais; professora da Faculdade de Educação da PUCRS; Mestre em Serviço Social.

Horário: quarta –feira, 16:45 às 18:00

Número de participantes: máximo 10.

Início: 17 de setembro de 2008

Duração: setembro a dezembro de 2008

Investimento: R$40,00 ao mês para estudantes R$60,00 para profissionais

Local: Espaço Merkabah

Endereço: Rua Monteiro Lobato, 443, Partenon, fone: (51) 3779-7266.
Celular/Elisa: (51) 9242-5841

e-mail: ekern@pucrs.br

Brasil: Novas tecnologias revolucionam dia-a-dia de deficientes

Não é apenas no esporte que os deficientes superam limites. No dia-a-dia, eles podem usar a tecnologia para ser cada vez mais independentes.

Reportagem de Fernanda Bak.

Assista vídeo:



http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=102829&CNL=20

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gabriela e Valentina





Os desafios da maternidade para uma jovem com Síndrome de Down, que deu à luz uma criança sem deficiência.


No quadro Fala Sério da Tv Sentidos, uma crônica sobre sexualidade.
Clique aqui para ver o vídeo:
http://sentidos.uol.com.br/avape/mostra_bloco.asp?bl=3




O programa Sentidos mostra ações sociais realizadas por pessoas que trabalham a favor de um país mais justo, inclusivo e que não esperam somente por iniciativas do poder público, mas se juntam para buscar qualidade de vida e diminuir as diferenças. Produzido pelo núcleo de tv da AVAPE - Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais em parceria com o Canal Net Cidade, da operadora de TV a cabo NET, o programa Sentidos também destaca as atividades das pessoas com deficiência nas áreas de lazer, educação, cultura, saúde, esporte e trabalho.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008


Quinta-feira, 15 de Maio de 2008

“Ainda sob os efeitos da histórica votação do Primeiro Turno da ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Instituto Meta Social, da campanha Ser Diferente é Normal, do qual sou colaboradora voluntária, teve uma audiência ontem à tarde com o Ministro da Saúde José Gomes Temporão, que anunciou um pacote de medidas para a inclusão da saúde da pessoa com deficiência na informação produzida pelo Ministério.Caderneta da CriançaGraças às gestões feitas pelo Instituto e à intermediação de Jack Corrêa e Tatiana dos Mares Guia, pais de Augusto e Guilherme, o Ministério da Saúde passará a publicar, a partir do próximo ano, na Caderneta da Criança, a curva de crescimento para crianças com síndrome de Down, informações sobre diagnóstico precoce de autismo, entre outras inovações. Anualmente são produzidas 3 milhões de cadernetas, entregues aos pais nos Postos de Saúde na primeira vacinação da criança em todo Brasil.

A maioria das crianças com síndrome de Down tem um padrão de crescimento diferenciado, sendo, em geral, menores em estatura e peso do que as crianças sem a síndrome. Desconhecendo esta peculiaridade, muitas mães, pais e mesmo profissionais de saúde que se guiam pelas curvas de crescimento padrão para meninos e meninas que hoje constam na caderneta são levados a acreditar que o crescimento da criança está comprometido.

As informações sobre os primeiros sinais de transtorno do espectro autista permitirão que os pais e profissionais que acompanham a criança identifiquem possíveis sinais de autismo, possibilitando a procura de intervenção mais cedo, o que contribuirá para o melhor desenvolvimento da criança.Parto Humanizado e NascimentoOutra antiga demanda do movimento Down diz respeito à forma como a notícia do diagnóstico do bebê recém nascido é dada à família. Por falta de preparo dos profissionais de saúde, a novidade costuma ser comunicada de forma inapropriada, levando a traumas que podem comprometer a inclusão da criança na família e até o seu desenvolvimento.

Essa questão será abordada no manual do Parto Humanizado e Nascimento, a ser distribuído para os profissionais do Sistema SUS. Na mesma publicação serão incluídos os cuidados com a gestante com diferentes tipos de deficiência. Segundo Adson França, Diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério, no curso de Medicina os estudantes não recebem orientação sobre, por exemplo, como fazer um exame ginecológico numa paciente paraplégica. As informações contidas no manual virão a sanar esse tipo de situação.Programa Saúde da Família

O Ministro Temporão anunciou também que o Manual para profissionais do Programa Saúde da Família passará a incorporar conteúdos relacionados aos diversos tipos de deficiência, e que a Pessoa com Deficiência será incluída no Pacto pela Saúde, um entendimento de gestão entre as três esferas de governo - federal, estadual e municipal para maior eficiência e qualidade no sistema SUS.Além do Ministro Temporão, participaram da reunião o Secretário de Atenção à Saíde, José Carvalho Noronha, o Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dioclécio Campos Jr e a Coordenadora Geral do Instituto Meta Social, Helena Werneck.
Azul

Na ocasião, Helena Werneck, apresentou ao Ministro o novo filme da campanha Ser Diferente é Normal, Azul, produzido pela Giovanni FCB, que está sendo veiculado em várias emissoras.
No filme, a personagem, que tem síndrome de Down, vai mudando de cor para fugir dos olhares (curiosos, discriminadores, surpresos, atravessados, reprovadores?), que as pessoas que fogem ao padrão de normalidade recebem no dia-a-dia, até que decide assumir a própria coloração e esperar que os outros a aceitem como ela é. Afinal, pensa, é só uma questão de tempo...
Avanço
Muito importante frisar que não se tratam de publicações especiais, mas sim da incorporação das peculiaridades do segmento às orientações publicadas pelo Ministério sobre a saúde de todos os brasileiros.É a efetiva inclusão das pessoas com deficiência na área da saúde, uma segunda vitória, acompanhando os ventos da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.”
Patricia AlmeidaCoordenadora Agência InclusiveCoordenadora DF Instituto Meta Social

domingo, 31 de agosto de 2008

III Encontro Nacional do CONBRASDIII Congresso MERCOSUL sobre Altas Habilidades/ Superdotação
VI Encontro Estadual Repensando a Inteligência, as altas Habilidades/ Superdotação nas diferentes áreas do Saber/Fazer
II Congresso de Jovens com Altas Habilidades/Superdotação
Local: Hotel Laje de Pedra – Canela/RS
Dias: 19 a 21 de novembro de 2008I Capacitação em Altas Habilidades/Superdotação para as secretarias municiais e estaduais de Educação
Local: Hotel Laje de Pedra – Canela/RS
Dias: 17 a 21 de novembro de 2008
Maiores informações:Site: http://www.conbrasd.com.br/encontro2008/

CONFIRA ESTE SITE:

http://www.culturainfancia.com.br/portal/index.php
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Crianças portadoras de má formação lábio-palatal têm desde maio o Hospital da Criança Conceição (HCC) como nova unidade de referência. O serviço atenderá usuários com idades entre zero e oito anos em cirurgia plástica e buco-maxilo-facial, odontologia, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, serviço social e ortodontia.

Para o atendimento, a família deve inscrever o paciente na Secretaria de Saúde do município onde reside, com encaminhamento feito por profissional do Sistema Único de Saúde (SUS).
A secretaria municipal inscreverá o usuário junto à Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) que, por sua vez, irá agendar junto à unidade HCC e fornecer data e horário da primeira consulta. Há cerca de seis anos, o Rio Grande do Sul vinha contando para esse atendimento com a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (Fundef) do Hospital Bruno Born, em Lajeado, referência em fissura lábio-palatal para os usuários do SUS. Antes disso, os pacientes eram encaminhados ao Hospital de Bauru, em São Paulo.

Agora, o serviço do HCC será referência para a Macrorregião Metropolitana, que compreende os municípios pertencentes às 1ª, 2ª e 18ª CRSs, e Macrorregião Sul, que engloba as 3ª e 7ª CRSs.
Os usuários do SUS que necessitarem desse procedimento poderão se informar na CRS de sua jurisdição.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) já está agendando pacientes. Embora o HCC já fosse habilitado pelo Ministério da Saúde e pelos gestores estadual e municipal, somente agora, após a realização de obras físicas no hospital e contratação de recursos humanos, é que tem início o atendimento à população referenciada.

A disponibilização desse serviço se enquadra na Regionalização da Saúde, trazendo o atendimento para mais perto da população. A cada 955 nascidos vivos no Rio Grande do Sul, um apresenta má formação lábio-palatal.

Maria Regina MoraesFone: (51) 3288-5823/5822

sábado, 30 de agosto de 2008

LEI Nº 12.958, DE 05 DE MAIO DE 2008.

(publicada no DOE nº 085, de 06 de maio de 2008)

Dispõe sobre a assistência especial a ser fornecida às parturientes cujos filhos recém-nascidos sejam portadores de deficiência.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - Os hospitais e as maternidades situados no Estado do Rio Grande do Sul prestarão assistência especial às parturientes cujos filhos recém-nascidos apresentem qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado, constatada durante o período de internação para o parto.
Art. 2º - A assistência especial prevista nesta Lei consistirá, basicamente, na prestação de informações por escrito à parturiente, ou a quem a represente, sobre os cuidados a serem tomados com o recém-nascido por conta de sua deficiência ou patologia, bem como no fornecimento de listagem das instituições, públicas e privadas, especializadas na assistência a portadores da deficiência ou patologia específica.
Art. 3º - Igual conduta deverá ser adotada pelos médicos pediatras no Estado do Rio Grande do Sul quando constatarem deficiências ou patologias nas crianças por eles atendidas.
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 05 de maio de 2008.

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Foto: Ivo Gonçalves / PMPA

22/08/2008


Festa de aniversário da Elyseu Paglioli teve diversas atrações

Primeira escola de educação especial do Município comemora 20 anos.
Uma grande festa reuniu alunos, pais, funcionários e a comunidade na noite de ontem, 21, para comemorar os 20 anos da Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Professor Elyseu Paglioli, no Bairro Cristal. Primeira instituição de ensino especial da rede municipal, a escola programou apresentações de dança, música, exposições fotográficas e oficina de fotografia com a temática da ecologia.Alunos de diversas turmas fizeram encenações representando os quatro elementos da natureza, a água, o fogo, a terra e o ar. No final da festa, uma reunião dançante envolveu os 165 alunos no ginásio da escola, que proporciona aos estudantes um espaço de aprendizagem baseado no cotidiano de práticas inclusivas.
“A Elyseu Paglioli é a primeira escola de educação especial do município e vem cumprindo a função de inclusão no sentido amplo, com integração ampla e aprendizagem entre crianças e adolescentes na cidade, fazendo dela referência nacional”, destacou a secretária municipal da Educação, Marilú Medeiros.Dentro da programação, exposições fotográficas apresentaram os 20 anos da escola sob o olhar dos alunos, com suporte de materiais reciclados, imagens sobre o cotidiano da instituição registradas pelos estudantes, além de fotos de pais dos alunos. “A partir do momento em que veio pra cá, meu filho melhorou bastante seu comportamento. Ele era bem agressivo e agora está mais calmo”, conta a auxiliar de serviços gerais Liliane Couto, mãe de Evandro, aluno da 4ª série que freqüenta aulas de dança na Elyseu Paglioli desde o início do ano.Referência no Brasil - Classificada como referência nacional, a política de educação especial de Porto Alegre prioriza uma concepção pedagógica e não o tratamento médico-clínico. As escolas atendem portadores de síndromes diversas, autismo, múltiplas deficiências sensoriais e mentais, paralisia cerebral, surdez, cegueira e surdo-cegueira. Além de contar com 280 profissionais habilitados em Educação Especial, a rede oferece aos professores e educadores municipais capacitações e cursos específicos da área e assessoria do Território da Educação Especial. Ao contrário da rede regular, que conta com período de matrículas específico, na Educação Especial o acesso pode ocorrer em qualquer dia do ano, desde que existam vagas disponíveis. Os estudantes portadores de deficiências são incluídos nas cinco escolas especiais e nas demais escolas regulares da rede, que totaliza 92 instituições de ensino, entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nas escolas especiais é oferecido o serviço de Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial, para a faixa etária de zero a seis anos. Nos estabelecimentos enquadrados como especiais, o ensino está organizado em três ciclos – de 6 anos a 9 anos e 11 meses; de 10 anos a 14 anos e 11 meses; e de 15 anos a 21 anos. Junto com a Elyseu Paglioli, as escolas especiais Lygia Morrone Averbuck, Professor Luiz Francisco Lucena Borges e Tristão Sucupira Viana atendem 635 alunos, sendo alguns portadores de deficiência mental, associada ou não a outras deficiências, ou com condutas típicas (psicose e autismo). As escolas da rede municipal estão, gradualmente, sendo adaptadas para assegurar as políticas de inclusão da administração municipal. Cerca de 70% dos estabelecimentos de Educação Infantil já alcançam a acessibilidade plena. Em 2007, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) encerrou o ano com 3.984 alunos com deficiências diferenciadas matriculados.Os recursos anuais para o setor representam 12% do orçamento da Smed, sendo suficientes para atender às políticas de inclusão pelo ensino. A verba também é empregada na compra de cadeiras de rodas ou de qualquer outro tipo de equipamento que os alunos necessitem, incluindo muletas e aparelhos ortopédicos. Em 2005, a inclusão atingia 4,5% do universo de crianças especiais da Capital. Agora são mais de 7,5%.

Fonte: site da Smed
26/08/2008
EDUCAÇÃO
Escola Municipal Especial Lucena Borges promove oficina de artes
A Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Professor Luiz Francisco Lucena Borges (Rua Claudio Manoel da Costa, 270, Bairro Jardim Sabará), realiza a partir de amanhã, 27, até sexta-feira, 29, mais uma edição da oficina de artes, que tem como objetivo a integração de alunos com as crianças da comunidade.
Neste ano, será desenvolvido o estudo da obra de Érico Santos, artista plástico de Porto Alegre. Segundo a diretora da escola, Marta Elisa Xavier Pereira, os alunos fazem releituras das obras do artista, como pinturas em telas e em papel. “Esse exercício de expressão artística acaba revelando a habilidade de nossos alunos”, explica Marta.
Amanhã, o evento acontece no turno da manhã e tarde. Na sexta, dia 29, a oficina será somente no turno da manhã. As turmas são compostas por nove alunos e têm a coordenação das professoras da escola, Patricia Zillmer e Rejane Caspani Dubois.
Fonte: site da SMED POA

Aposentadoria especial é avaliada

O deputado federal Mendes Ribeiro Filho conversou com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para agilizar o trâmite do processo sobre a aposentadoria especial para outros cargos e funções do Magistério. O parlamentar busca agora agendar novas reuniões com os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito, que integram os 11 membros do STF, para que entendam a importância de empreender o regime de urgência no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 3772). A expectativa é de que a retomada do julgamento, suspenso em abril devido ao pedido de vistas pelo ministro Eros Grau, ocorra neste semestre.A lei federal 11.301/06 (aprovada no Congresso, sancionada pelo presidente Lula e sob júdice pela Adin 3372) garante aposentadoria especial para especialistas em Educação, em cargos de direção, supervisão ou orientação educacional. Segundo Mendes, o relator da matéria, ministro Carlos Britto e a ministra Carmen Lúcia votaram pela inconstitucionalidade. O ministro Ricardo Lewandowski votou pela constitucionalidade. Outros dois ministros também se manifestaram favoráveis à nova lei. São necessários pelo menos seis votos para a decisão.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2008

Criação de blogs motivou aprendizagens

Movida pelo idealismo, Débora Tura aproveitou férias de verão para preparar-se no uso da Internet como ferramenta básica. Através da criação de blogs, teve resposta imediata. Os alunos passaram a interessar-se tanto por Informática como pelo Inglês. Além das 2h de aulas semanais, a turma passou a ter mais 4h de aulas extra-classe, no turno inverso, 'na maior alegria', lembra a professora.


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2008

Biblioteca oferece Curso de Braile

Começará quarta-feira, na Biblioteca Pública, em Porto Alegre, o Curso de Escrita e Leitura Braile destinado a funcionários públicos, estudantes em estágio em instituições culturais, professores e outros interessados. O curso ministrado pela professora Marli Bion ocorrerá às quartas-feiras, das 16h às 17h30min, até dezembro. As inscrições devem feitas à tarde pelo telefone (51) 3224-5045 ou na biblioteca, que atualmente funciona no 3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). No hall de entrada, é possível conferir, até dia 31, a Exposição Mario Quintana em Braile e outras Formas Acessíveis (foto). Livros em braile, livro gravado e letras ampliadas, em homenagem aos 102 anos do poeta, são atrações. O setor Braile, no térreo da CCMQ, disponibiliza obras de várias áreas. Diversos equipamentos são colocados à disposição, como lupa eletrônica, computador com acessibilidade, impressora braile e digitadora manual.

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2008

Cartilha em braile ensina sobre o meio

Uma trilha orientada para deficientes visuais, com a finalidade de estimular a percepção do meio ambiente, marcou ontem o lançamento da Cartilha de Educação Ambiental em Braile ‘Naturecos’, no Parque Mascarenhas de Moraes, na Capital. A publicação, inédita no país, foi editada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), com patrocínio da Construtora e Incorporadora Rossi. O material destaca a importância da preservação do meio ambiente, com dados sobre flora, fauna, água, ar, resíduos, coleta seletiva, espécies em extinção, arborização urbana, efeito estufa, saúde ambiental e animais domésticos.A transcrição e a impressão do material em braile foram feitas pela Fundação Dorina Nowill para Cegos. Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Miguel Wedy, a idéia é estimular a inclusão nos parques.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Curso de Extensão Libras Básico II e Básico III

Objetivos:
Divulgar a Libras entre pessoas ouvintes
Propiciar conhecimentos gerais sobre a cultura surda e a Libras
Facilitar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes
Valorizar a cultura do surdo

Público-Alvo: VoltarProfessores, alunos e comunidade em geral.

Informações Gerais:
Data: 23 de agosto à 13 de dezembro de 2008
Local: PUCRS - Prédio 15 - Salas 208
Horário: Sábado, das 8h30min às 11h45min
Carga Horária: 60 h/a

Investimento:
Público em geral: R$ 250,00

Inscrições: Pró-Reitoria de Extensão da PUCRSAv. Ipiranga, 6681 - Prédio 40 - Sala 201Fone: (51) 3320-3680 - Fax: (51) 3320-3543E-mail: proex@pucrs.brHorário: das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8h às 12h.
Convite - Ação Educativa

A Associação Riograndense de Artes PLásticas Francisco Lisboa - Chico Lisboa convida as Escolas da Rede Municipal de Educação para visitarem a
exposição TERCEIRA IMAGEM,
da artista plástica Beth Gloeden no Espaço Cultural Chico Lisboa cuja abertura ocorrerá dia 23 de agosto, às 10h. A visitação com o acompanhamento da artista poderá ser realizada de 25 de agosto a 03 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, à exceção dos dias 04, 18, 24 e 25 de Setembro. O horário de visitação deve ser agendado através do telefone da Associação Chico Lisboa: 3224-6678. Departamento CulturalChico Lisboa

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fundação cadastra PPDs

A Fundação Educando está iniciando o cadastramento de Pessoas Portadoras de Deficiências (PPDs), que procuram oportunidades no mercado de trabalho. Os dados indicarão, entre outros, capacitação e área de atuação, e ficarão disponíveis em um Banco de Talentos, no site da fundação. Empresas terão acesso às informações. Para efetuar o cadastro, os interessados devem acessar www.fundacaoeducando.org. Detalhes e informações: fone (51) 3222-2339.

Fonte: CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

V Congresso Brasileiro Sobre Síndrome de Down





Nos dias 24 a 27 de setembro, a Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down (APSDown), em parceria com a Associação Reviver Down de Curitiba e com o apoio da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, reunirá especialistas, profissionais e familiares no V Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down, a ser realizado no Centro de Exposições e Eventos de Londrina ( http://www.ceel.com.br/home.aspx ), no Paraná.
O evento que tem como objetivo promover a autonomia e a inclusão social das pessoas com Síndrome de Down e a conseqüente superação do preconceito e da discriminação ainda existentes, propõe como tema esse ano a “Síndrome de Down em busca da Autonomia”, a fim de discutir e analisar o caminho para a autonomia das pessoas portadoras.
Durante o congresso serão realizadas todas as manhãs mini-cursos de variadas áreas de conhecimento, e no período da tarde, palestras no auditório maior. A grade de profissionais contará com palestrantes de prestígio nacional e internacional, que participarão de debates em mesas- redondas divididas por temas e faixa etária, cujo intuito é de atender todos os interessados. E para finalizar, apresentações culturais diárias com a participação de grupos com Síndrome de Down e outras deficiências.
O Congresso pretende fazer um balanço sobre os avanços, impasses e realizações, observados a partir das organizações não governamentais. E o evento acontecerá em conjunto com o II Encontro de Irmãos, aonde os filhos terão atividades diferentes de arte e jogos.
Mais informações no site:
http://afadportoalegre.org.br/
congresso@apsdown.com.br

Perfil Jairo Marques




Jairo Marques, 33, atuou como repórter da Folha durante sete anos participando das mais diversas coberturas pelo país. Ingressou no jornal por meio do programa de treinamento da 27ª turma, em 1999, meses após se formar em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Depois de várias andanças pelo Brasil e conhecendo realidades de vida distintas, resolveu fazer pós-graduação em Jornalismo Social na PUC-SP. Atualmente, é chefe de reportagem da Agência Folha, coordenando a produção da equipe de correspondentes nacionais do jornais e mais um grupo de repórteres na sede, em São Paulo. Nasceu em Três Lagoas (MS). É cadeirante desde a infância.
E-mail: jmarques@folhasp.com.br


O Jairo tem um blog que é hilário. Quer dizer, hilário é a forma como ele escreve sobre as situações vividas por ele e pelas pessoas com alguma deficência. Tem muita informação legal, e é muito divertido. Boas risadas garantidas.

http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br


Abaixo uma historinha bem cômica, narrada por ele, mas que dá um toque legal em quem não se toca.



Um lugar chamado... elevador



Responde com “sinceridadchi” pro tio: Você tem tara por elevador? É daquelas pessoas que não anda em uma escala rolante, nem sobe alguns degraus mesmo com um decreto do Lula? Tem fetiche, né? Lugar fechadinho, cheio de ‘butão’ pra “modi” apertar....


Eu não tenho dúvida que 90% da população brasileira adora um elevador. Isso porque, como cadeirante, é uma luta conseguir espaço dentro de um, sobretudo em shoppings, prédios públicos e grandes lojas.


“Sobe?”... “Você tá subindo, benhê? (não tô aqui vendo os números se acenderem) Espera ai que eu já volto que agora tá lotado. Fica quietinho ai.... Ainda tá lotado. Espera que eu já volto”. Esse diálogo insólito com ascensoristas eu já tive diversas vezes.


“Chega mais pro cantinho pra caber a cadeirinha dele, senhor. Iiiiissso, issso. Cola mais o ‘carrinho’ dele ali na parede que dá. Aí, agora dá.. num deu, num deu... espreme mais. Empurra. A senhora pode 'dismagrecê' a barriga pra dar mais espaço?”. Na hora desses sufocos, eu sempre desisto e saio do elevador. Num dá, né?



Eu acho que deveria haver uma lei que determinasse que elevadores em lugares de grande movimento e com outras opções de acesso, como escadas rolantes, deveriam ser exclusivos pra deficientes, gestantes, pessoas conduzindo carrinhos de bebê, idosos e pessoas com mobilidade reduzida momentânea (com uma perna quebrada, por exemplo).


E não adianta que as pessoas não se tocam nunca que eu não tenho outra maneira para acessar os andares superiores ou inferiores. Se tá lotado e eu quero entrar, é muito raro que alguém desça e ceda o lugar. Fica todo mundo com aquela cara de paisagem ou disfarçando que não está vendo que alguém que não tem outra opção de acesso precisa entrar no treco.


Já cheguei a esperar 15 minutos para conseguir pegar um elevador. As soluções, às vezes, são “bizonhas”. “O senhor tá subindo? Olha, então é melhor você descer agora comigo até o último subsolo porque quando eu voltar vai ta chapado de gente e não vai conseguir entrar, viu”.


Povo, ceda a sua vez para quem realmente precisa desse veículo, vai. Tenho certeza que é mais rápido esperar por outro elevador do que esperar por um ônibus adaptado nos pontos de São Paulo.


Vencido o desafio de entrar no caixote de aço, a batalha da gente da Matrix ainda não está totalmente vencida. Quando não conseguimos entrar no elevador vazio ou ser um dos primeiros a entrar, quem é cadeirante ter que ir... de costas pra porta!!!! Gente, é demais. Todo mundo de frente pra saída e eu de costas. Imaginou a cena?


E tem mais, quando o "veículo" vai lotado, tem sempre alguém que se acha no direito de se escorar na cadeira, como se fosse assim, um balcão de bar, manja?


Aqui na Folha isso acontece direto na hora do almoço, quando o rush nos elevadores é forte. Pela manhã, é bem mais tranqüilo na chegada. Afinal, eu entro super cedo pra passar o cafezinho do pessoal que trabalha mesmo, né? Aí, geralmente, só tem eu e alguma das meninas do 10º andar, onde fica o “telemarqueti”.


O que é sensacional é que, depois do blog, toooodas me conhecem e fazem assim: “Bom dia, Jairo, tudo bem?” e dão uma risadinha. Puxa, eu num sei o nome de ninguém é gente demais! Mas, elas, gentilmente, apertam o botão do 4º andar pra mim, onde fica a redação e dizem que tão curtindo o “Assim como você”.



Ainda tenho muito pra falar de elevador e deficientes. Tem aqueles “exclusivos” do metrô, já viram? Você aperta um botão para se comunicar com o operador que, raramente, tá na cabine? E tem aqueles que são abertos, que só cabem mesmo a cadeira. Eu me sinto a verdadeira rainha da Inglaterra neles. Mas isso eu conto "pro6" depois!

Escrito por Jairo Marques às 22h40

Azul - Síndrome de Down


Vídeo: Instituto MetaSocial.

Descrição Textual das Imagens para Pessoas com Deficiência Visual.

O vídeo mostra uma menina com Down e cor de pele azul, andando por locais comuns como rua, entrando num elevador e as pessoas olhando para ela com um olhar interrogativo. Durante este "passeio" ela vai mudando de cor, e o vídeo demonstra uma tentativa de adaptação, ajuste na sociedade. Até a cena chegar numa sala de aula vazia, com a menina sentada e alternando as cores. Neste momento a sala de aula vai se enchendo de diferentes alunos e ela chega a uma cor de pele clara. A cena muda para ela e uma amiga sem Down, andando e conversando na rua e o vídeo finalizando, pontuando que estamos avançando e que sua aceitação é uma questão de tempo.


Descrição Textual do Som para Pessoas com Deficiência Auditiva.
(Monólogo em Off)

"No começo eu era azul, uma cor legal, positiva. Mas, todo mundo achava estranho. Aí eu resolvi mudar. Fui direto pro vermelho, tipo... queimadona de sol. Mas todos continuavam me olhando diferente. Tentei algumas variações, até chegar a essa cor básica. E agora, ninguém me acha assim tão diferente... Quer dizer, tem gente que ainda acha,
mas é só uma questão de tempo!"

Comercial da Natura - Um anúncio pra todos

Parabéns à empresa Natura por veicular o primeiro anúncio com audiodescrição na televisão brasileira. Esta é uma técnica de acessibilidade que, através da descrição de imagens, permite que possamos ouvir aquilo que normalmente só pode ser visto.
O comercial, sobre a linha Natura Naturé para crianças, foi criado pela Peralta Strawberry Frog, com a audiodescrição da Iguale Comunicação de Acessibilidade, sob o comando de seu diretor, Maurício Santana. Dessa forma, queremos estender a todos os nossos parabéns, especialmente a Maurício Santana, responsável pela audiodescrição, que nos permite entender perfeitamente toda história passada no comercial.
Quem quiser ouvir a audiodescrição na televisão é necessário acionar a tecla SAP que, em alguns controles remotos, chama-se também MTS. Esse vídeo aqui é idêntico ao que está passando na televisão nesse período.
A empresa Natura apostou que sejamos consumidores de seus produtos e, se já éramos, agora teremos ainda maior prazer em ser, em consideração à marca de qualidade que respeita nossa cidadania!
Postado no site http://www.bengalalegal.com/

Aprender com as Diferenças

Audiodescrição – recurso de acessibilidade para a inclusão cultural das pessoas com deficiência visual.

A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto. É a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido, o que abre muitas janelas para o mundo para as pessoas com deficiência visual. Com este recurso, é possível conhecer cenários, figurinos, expressões faciais, linguagem corporal, entrada e saída de personagens de cena, bem como outros tipos de ação, utilizados em televisão, cinema, teatro, museus e exposições.
Desta forma, as pessoas com deficiência visual poderão freqüentar sessões de cinema, ir ao teatro e a outros espetáculos, visitar museus, exposições e mostras, atividades que, geralmente, não fazem parte do cotidiano destas pessoas; em primeiro lugar porque são artes que exploram os recursos visuais tanto na cenografia como na caracterização dos personagens e da época. Em segundo, porque a sociedade, em geral, impede o acesso das pessoas com deficiência a determinados espaços, confinando-os a conviver com seus pares, em espaços especialmente destinados a eles, como as escolas especiais. Ainda é pequeno o número de ações que visam possibilitar o acesso das pessoas com deficiência a todas as atividades da vida diária, incluindo aqui as atividades sociais e culturais.
A audiodescrição traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente, graças à sensibilidade e boa vontade de alguns. Isso acontece e acontecia quando as pessoas com deficiência visual, mais curiosas, começavam a fazer perguntas, tirar dúvidas, durante o filme, peças de teatro e outros tipos de espetáculo. Entretanto, nem todas as pessoas que os acompanham estão preparadas para prestar esse tipo de serviço, e, além disso, essas pessoas também querem assistir o filme ou espetáculo e, ter que dar informações adicionais, pode fazer com que a pessoa perca o fio da meada, deixe de entender determinadas coisas e cenas. Como uma atividade formal, ligada às artes visuais e ao entretenimento, entretanto, é algo bem mais recente, tendo início nos anos 80 nos Estados Unidos e Inglaterra.
Nos Estados Unidos, teve início em 1981, em Washington DC, no Arena Stage Theater, como resultado do trabalho de Margaret e Cody Pfanstiehl. Eles fundaram um serviço de audiodescrição que promoveu a descrição de peças de teatro e até o final dos anos 80, mas de 50 casas de espetáculo já tinham em sua programação algumas apresentações com descrição.
Na Inglaterra, essa prática data também dos anos 80, tendo início em um pequeno teatro chamado Robin Hood, em Averham, Nottinghamshire, onde as primeiras peças foram narradas. Um dos mantenedores do teatro, Norman King, ficou tão impressionado com os benefícios das descrições, que incentivou a Companhia de Teatro Real de Windsor a introduzir esse serviço em uma abrangência maior. Instalaram, então, o equipamento para a transmissão simultânea para a audiência no Teatro Real, em fevereiro de 1988, com a peça “Stepping Out”. Hoje, há 40 teatros no Reino Unido que oferecem, regularmente, apresentações com audiodescrição. É o país líder nesse setor, seguido pela França, com 5 teatros.
No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso de audiodescrição foi “O Andaime”, no Teatro Vivo, no início deste ano. A segunda peça com audiodescrição, “A Graça da Vida”, estreiou nesta sexta feira, dia 29/06, no mesmo teatro. O teatro dispõe de aparelhos de tradução simultânea e a audiodescrição é feita pelos voluntários do Instituto Vivo. O projeto de inclusão cultural que deu origem a este trabalho foi elaborado pelo Grupo Terra, cujo objetivo é a inclusão social das pessoas com deficiência visual, pelo contato com a natureza.
Também o cinema vem se beneficiando com a audiodescrição, em vários países europeus. No Reino Unido, Chapter Arts Center, em Cardiff, foi o primeiro a fazer uso do recurso com tradutores ao vivo. Na França, a Fundação Valentin Haüy também começou a oferecer esses serviços. Na Europa e nos Estados Unidos, já são muitos os filmes que contam com o recurso.
No Brasil, o primeiro e único filme, no circuito comercial, com audiodescrição é “Irmãos de Fé”, do Padre Marcelo, feito em 2005. Outras iniciativas têm sido feitas, como o Clube do Silêncio, em Porto Alegre, que produziu alguns filmes curta-metragem com audiodescrição. Alguns pesquisadores, como a prof. Eliana Franco, da Bahia, e prof. Francisco Lima, de Pernambuco, têm feito trabalhos importantes sobre a audiodescrição, sendo que a primeira com filmes e o segundo com mapas e recursos didáticos.
Na televisão, o primeiro episódio envolvendo a audiodescrição aconteceu em 1983, na rede japonesa NTV. Essas descrições aconteciam e continuam acontecendo regularmente em alguns programas e são ouvidas por todos os telespectadores, o que acaba sendo um problema, principalmente nos horários de pico, porque nem todos querem ouvir essa informação adicional. Nos anos 80, algumas experiências também foram feitas na Espanha, mas foi nos Estados Unidos que a audiodescrição decolou com programação produzida desde 1990 pela Media Access Group, o Descriptive Video Service. Esse serviço é patrocinado por doações e fundações, produzindo cerca de 6 a 10 horas de programação com audiodescrição por semana, que fica disponível em 50% das residências nos Estados Unidos. Estas transmissões são possíveis devido à presença de um canal secundário de áudio, a tecla SAP (secondary audio programme).
A evolução da televisão digital e outras tecnologias do gênero mudarão o modo como as pessoas irão acessar a informação. À medida que as tecnologias vão abrindo novas portas, outras poderão se fechar para as pessoas cegas e com baixa visão, caso não sejam dados passos que assegurem meios alternativos de navegação e a acessibilidade nesse novo ambiente. A figura do do telespectador passivo está fadada a desaparecer. Em breve a televisão disponibilizará serviços interativos, educacionais, comerciais, e de entretenimento para lares, salas de aula, locais de trabalho e a acessibilidade para todos é um fator que precisa ser levado em consideração.
Os audiodescritores precisam de um curso de formação específico sobre o recurso que contemple informações sobre a deficiência visual, definição, histórico e princípios da audiodescrição, noções de sumarização e, principalmente, atividades práticas. Precisam, também, assistir a peça, filme ou espetáculo, algumas vezes, antes de fazer a audiodescrição, para se familiarizar com o tema, personagens, figurino, vocabulário específico, autor e cenários. Outro aspecto importante é a elaboração de script para audiodescrição, um roteiro com tudo o que será inserido entre os diálogos, que, no teatro, costuma ser aprovado pelo diretor da peça, o qual verifica a coerência e fidelidade ao tema e linguagem da obra. As informações sobre as cenas não podem expressar opiniões pessoais do audiodescritor. É, portanto, um trabalho minucioso que exige tempo, dedicação, objetividade e, acima de tudo, preparação. O feedback das pessoas com deficiência visual que já experimentaram o recurso comprova a sua utilidade e eficácia – há um aumento significativo do entedimento, o que contribui para a inclusão social e cultural destas pessoas, ampliando, e muito, suas opções de lazer e cultura.


Lívia Maria Villela de Mello Motta Tem mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com foco na formação reflexiva de professores de inglês. Doutorado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com trabalho sobre o ensino-aprendizagem de inglês para alunos cegos e com baixa visão. Tem experiência na área de formação de professores e coordenadores, atuando principalmente com os seguintes temas: ensino-aprendizagem, ensino-aprendizagem de inglês, inclusão escolar, inclusão cultural e inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência. Trabalha no Instituto Paradigma como consultora na área de inclusão educacional, econômica e cultural.

REFERÊNCIAS
CLARK, J. Accessibility options for blind and visually-impaired subscribers. 2002. Media Access. Toronto. Disponível em:
http://joeclark.org/access/resources/understanding.html
FRANCO, E. P. C. Legenda e áudio-descrição na televisão garantem acessibilidade a deficientes. Cienc. Cult. [online]. Jan./Mar. 2006, vol.58, no.1 p.12-13.Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
NAVARRETE, J. Seminario sobre Medios de Comunicación sin Barreras: Sistema Audesk: el fin de los susurros. 2005 - Universidad Cardenal Herrera-CEU. Facultad de Ciencias Sociales y Jurídicas. Valencia. ES.
SNYDER, J. Audiodescription: access for all. In Disability World. Issue no. 25 September-November 2004. Disponível em:
http://www.disabilityworld.org/09-