terça-feira, 26 de agosto de 2008


Foto: Ivo Gonçalves / PMPA

22/08/2008


Festa de aniversário da Elyseu Paglioli teve diversas atrações

Primeira escola de educação especial do Município comemora 20 anos.
Uma grande festa reuniu alunos, pais, funcionários e a comunidade na noite de ontem, 21, para comemorar os 20 anos da Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Professor Elyseu Paglioli, no Bairro Cristal. Primeira instituição de ensino especial da rede municipal, a escola programou apresentações de dança, música, exposições fotográficas e oficina de fotografia com a temática da ecologia.Alunos de diversas turmas fizeram encenações representando os quatro elementos da natureza, a água, o fogo, a terra e o ar. No final da festa, uma reunião dançante envolveu os 165 alunos no ginásio da escola, que proporciona aos estudantes um espaço de aprendizagem baseado no cotidiano de práticas inclusivas.
“A Elyseu Paglioli é a primeira escola de educação especial do município e vem cumprindo a função de inclusão no sentido amplo, com integração ampla e aprendizagem entre crianças e adolescentes na cidade, fazendo dela referência nacional”, destacou a secretária municipal da Educação, Marilú Medeiros.Dentro da programação, exposições fotográficas apresentaram os 20 anos da escola sob o olhar dos alunos, com suporte de materiais reciclados, imagens sobre o cotidiano da instituição registradas pelos estudantes, além de fotos de pais dos alunos. “A partir do momento em que veio pra cá, meu filho melhorou bastante seu comportamento. Ele era bem agressivo e agora está mais calmo”, conta a auxiliar de serviços gerais Liliane Couto, mãe de Evandro, aluno da 4ª série que freqüenta aulas de dança na Elyseu Paglioli desde o início do ano.Referência no Brasil - Classificada como referência nacional, a política de educação especial de Porto Alegre prioriza uma concepção pedagógica e não o tratamento médico-clínico. As escolas atendem portadores de síndromes diversas, autismo, múltiplas deficiências sensoriais e mentais, paralisia cerebral, surdez, cegueira e surdo-cegueira. Além de contar com 280 profissionais habilitados em Educação Especial, a rede oferece aos professores e educadores municipais capacitações e cursos específicos da área e assessoria do Território da Educação Especial. Ao contrário da rede regular, que conta com período de matrículas específico, na Educação Especial o acesso pode ocorrer em qualquer dia do ano, desde que existam vagas disponíveis. Os estudantes portadores de deficiências são incluídos nas cinco escolas especiais e nas demais escolas regulares da rede, que totaliza 92 instituições de ensino, entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nas escolas especiais é oferecido o serviço de Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial, para a faixa etária de zero a seis anos. Nos estabelecimentos enquadrados como especiais, o ensino está organizado em três ciclos – de 6 anos a 9 anos e 11 meses; de 10 anos a 14 anos e 11 meses; e de 15 anos a 21 anos. Junto com a Elyseu Paglioli, as escolas especiais Lygia Morrone Averbuck, Professor Luiz Francisco Lucena Borges e Tristão Sucupira Viana atendem 635 alunos, sendo alguns portadores de deficiência mental, associada ou não a outras deficiências, ou com condutas típicas (psicose e autismo). As escolas da rede municipal estão, gradualmente, sendo adaptadas para assegurar as políticas de inclusão da administração municipal. Cerca de 70% dos estabelecimentos de Educação Infantil já alcançam a acessibilidade plena. Em 2007, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) encerrou o ano com 3.984 alunos com deficiências diferenciadas matriculados.Os recursos anuais para o setor representam 12% do orçamento da Smed, sendo suficientes para atender às políticas de inclusão pelo ensino. A verba também é empregada na compra de cadeiras de rodas ou de qualquer outro tipo de equipamento que os alunos necessitem, incluindo muletas e aparelhos ortopédicos. Em 2005, a inclusão atingia 4,5% do universo de crianças especiais da Capital. Agora são mais de 7,5%.

Fonte: site da Smed

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